A Prometida do Capitão - Tessa Dare | Opinião Livros

Capa do livro A Prometida do Capitão de Tessa Dare.

Sinopse:
Maddie é bonita e talentosa, pelo que todos esperam que ela se case em breve. Mas Maddie é muito tímida em relação aos homens, além de ter um medo terrível de espaços públicos e multidões.Para se livrar de ter de ir a festas e ser cortejada, ela inventa um noivo imaginário: um capitão escocês de nome MacKenzie, muito apaixonado e dedicado, a quem escreve cartas onde revela os seus mais íntimos desejos e anseios. Aproveitando as prolongadas ausências do capitão, que vive convenientemente longe por causa da guerra, Maddie vai conseguindo escapar à pressão de se apresentar à sociedade.Anos depois, porém, o inimaginável acontece: o capitão, produto da sua imaginação, aparece em carne e osso à porta do seu castelo. Este capitão Logan MacKenzie é um soldado atraente, mas rude e selvagem. E o pior de tudo é que tem na sua posse as cartas de Maddie, aquelas que ela escreveu ao seu noivo fictício, e que contêm segredos inconfessáveis.Agora, o capitão pretende fazê-la cumprir todas as promessas que ela lhe fez e que nunca esperou ter de concretizar...

Opinião:

Tessa Dare é uma das minhas autoras favoritas e figura, inclusive, no meu Top 7 - Escritoras Favoritas. Tudo começou quando coloquei os olhos no seu livro Romance com o Duque, o primeiro da trilogia da qual faz parte este livro (Castles Ever After). Assim, depois de ter lido e adorado os livros anteriores desta coleção, tinha forçosamente que ler este livro. Contudo, apesar de fazer parte de uma trilogia este livro segue uma história independente e podemos perfeitamente entender a história sem conhecermos os livros anteriores.

Madeline, Maddie para os amigos, é um jovem inglesa que para evitar ter que estar entre multidões (ela possui uma fobia já antiga) inventa um noivo escocês. Mas não um noivo qualquer, e sim um tal de Capitão Logan MacKenzie, um noivo perfeito que ela conheceu numas férias, apaixonaram-se e, logo a seguir, ele teve que partir para a guerra. A sua mentira é sustentada através das cartas que a jovem escreve e coloca no correio para o seu suposto noivo e pelas cartas que ela própria escreve para si própria em nome dele. Madeline sustenta esta mentira durante anos, até que inventa a morte do noivo para se ver livre das suas próprias mentiras. O problema? Talvez o Capitão Logan MacKenzie não seja um homem fictício e sim um homem verdadeiro de carne e osso e sentimentos escondidos, que algures no campo de batalha recebe as cartas de uma jovem inglesa que, de algum modo, lhe dão uma espécie de alento.

Alguns anos mais tarde, Logan aparece à porta de Madeline usando os suas cartas para a forçar a casar com ele. Logan tem os seus próprios motivos para querer este casamento. Um homem que passou 10 anos na guerra e que regressado a casa com um pequeno grupo de soldados sem família sente o peso da responsabilidade em cima dos seus ombros de ter que ajudar os seus homens a recuperar um pouco da dignidade que a guerra lhes roubou para além das suas famílias. Assim, procurando desesperadamente uma casa para os seus homens, ele acaba por recorrer ao seu grande trunfo, Madeline, a sua suposta noiva inglesa que herdou um castelo na Escócia. Algumas das atitudes de Logan não foram as mais corretas, mas sem essas mesmas atitudes os nossos dois protagonistas não se teriam conhecido.

A Prometida do Capitão conta-nos uma história de amor loucamente divertida que nos encanta pela sua linda mensagem de amor e destino. Daquelas que nos garantem muitas risadas e situações, por vezes, completamente inusitadas. As grandes peripécias deste livro envolvem uma lagosta chamada Fluffy (sim uma lagosta), a tia Thea e os seus remédios caseiros um pouco perigosos (afastem-se deles) e os soldados que pertenceram ao batalhão de Logan.

No entanto, se for comparar este livro aos outros da trilogia, este foi aquele de que menos gostei. Por alguma razão, não o achei tão mágico como os outros e houve momentos que o achei um pouco maçador. Em poucas páginas já prevíamos todo o rumo dos acontecimentos, tirando o final que conseguiu me surpreender de algum modo.

Trata-se de um bom livro, principalmente, para quem adora romances históricos como eu, sendo a escrita de Tessa Dare, simples e fluida, um dos pontos mais fortes deste livro. A história também é bastante original, não faço ideia de onde a autora vai buscar estas ideias tão rocambolescas, mas aprovo a 100%.

Tessa Dare cria sempre mulheres independentes e talentosas, mas os seus protagonistas masculinos sofrem sempre algum tipo de trauma que os torna um pouco idiotas no inicio da história, mas como é óbvio estes acabam sempre por se redimir.


O melhor: O cenário, um belo castelo na Escócia.

O menos bom: Algumas das atitudes do protagonista masculino.


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