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| Poster do anime Kokoro ga Sakebitagatterun Da. |
Título original: Kokoro Ga Sakebitagatterun Da
Realizador: Tatsuyuki Nagai
Roteirista: Mari Okada
Roteirista: Mari Okada
País: Japão
Ano: 2015
Género: Drama, Romance, Fantasia, Shoujo
IMDb: http://www.imdb.com/title/tt4489416/
Sinopse:
Naruse Jun é uma menina cujas palavras foram seladas. Ela, que um dia foi uma garotinha feliz e tagarela, dividiu a família por causa de algo que disse. Então, um "ovo falante" apareceu à sua frente e selou as suas palavras para que jamais voltasse a ferir alguém com elas. Desde essa experiência traumática, Naruse Jun vive a sua vida nas sombras, em silêncio e sem nunca chamar a atenção, até que um dia, ela é nomeada como um dos membros do "Comitê de Integração Comunitária", juntamente com Sakagami Takumi, um garoto misterioso e solitário; Nitou Natsuki, uma jovem bela e certinha; e Tasaki Daiki, o rebelde (e melhor) jogador de beisebol do colégio. E como se não bastasse, os membros do comitê têm que organizar um evento musical.
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| Os quatro protagonistas de Kokoro Ga Sakebitagatterun Da (The Anthem of the Heart). |
Opinião:
Mais uma vez sou surpreendida por um filme do qual nunca tinha ouvido falar. Enquanto procurava desesperadamente por outro anime encontrei Kokoro Ga Sakebitagatterun Da e, como achei a sinopse interessante, acabei por assistir. Posso dizer que se tratou de uma grande surpresa no bom sentido.
A história revolve à volta de uma menina chamada Naruse Jun que quando era ainda uma criança pequena assistiu a algo do qual não tinha nenhuma noção e acabou por ser considerada culpada pelo divórcio dos pais, isto pelo próprio pai. Profundamente traumatiza por este acontecimento, a menina encontra um "ovo falante" que lhe lança um feitiço, selando as suas palavras para que ela não magoasse mais ninguém com elas.
Vários anos se passam até que um professor muito especial coloca Naruse juntamente com outros três jovens num Comité de Integração Comunitária. A principio nenhum dos membros forçados desse Comité parece aceitar bem a sua nova incumbência, mas com o tempo os quatro acabaram por se unir para organizar um musical cujo assunto é escrito pela própria Naruse com base na sua própria história.
Em relação aos outros protagonistas deste filme temos Sakagami Takumi, o jovem que se propõe ajudar Naruse a expressar aquilo que vai no seu coração, a história de Takumi é em certo ponto semelhante com a história de Naruse, sendo ambos filhos de pais divorciados e cada um se culpando por isso. Nitou Natsuki, a menina certinha que fala na sinopse, namorou no passado com Takumi e a história entre ambos parece ainda não estar esclarecida. Desde o início do filme torna-se claro que ela ainda gosta dele, apesar de não conseguirmos à partida intuir o que ele sente por ela. Por fim, mas não menos importante, temos a personagem que achei mais complexa, mas muito menos explorada do que todas as outras, Tasaki Daiki é o principal jogador da equipa beisebol da escola, no entanto, uma lesão o colocou de fora, não sabendo com lidar com a sua frustração, ele acaba por descontar nos seus colegas de equipa que criam uma certa animosidade para com ele, contudo, eles não têm coragem para lhe dizer como se sentem e falam mal dele pelas costas. Tasaki é surpreendentemente mais intuitivo do que qualquer um dos outros protagonistas e ao mesmo tempo aquele que é mais menosprezado.
A música é aqui usada como um modo de expressão para a protagonista que não conseguindo se expressar por palavras, tenta se expressar através da música. O musical criado pelo Comité é no fundo um modo para Naruse conseguir dizer aquilo que vai no seu coração.
A premissa deste filme é bastante interessante. Gostei imenso do assunto que explorou, realmente o poder das palavras é muito grande na vida das pessoas. Já dizia o grande Raul Brandão, numa das minhas citações preferidas:
Em relação às comparações que ouvi, não acho que este filme deva ser de algum modo comparado a Koe no Katachi, apenas porque a protagonista não fala, são casos completamente diferentes e acho que não seria justo. Koe no Katachi está para mim num patamar superior. Mas deve haver quem discorde. Por outro lado, achei algumas semelhanças entre este filme e o anime shoujo Suki-tte Li Na Yo (Say "I Love You"). Todas essas semelhanças se devem às suas protagonistas que me pareceram muito semelhantes tanto física como emocionalmente, sendo que ambas encontram-se profundamente traumatizadas por algo que aconteceu quando ainda eram muito pequenas, até que subitamente encontram um modo de se libertar desse trauma com a ajuda de novos amigos.
O melhor: A originalidade da história que certamente consegue cativar a maior parte da sua audiência.
O menos bom: A conclusão do filme não foi má, mas perto do final a protagonista acaba por fazer algo que vai contra tudo aquilo que que seria de prever. Achei que ela foi egoísta de um modo nada coincidente com a sua personalidade até então.
A história revolve à volta de uma menina chamada Naruse Jun que quando era ainda uma criança pequena assistiu a algo do qual não tinha nenhuma noção e acabou por ser considerada culpada pelo divórcio dos pais, isto pelo próprio pai. Profundamente traumatiza por este acontecimento, a menina encontra um "ovo falante" que lhe lança um feitiço, selando as suas palavras para que ela não magoasse mais ninguém com elas.
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| Um "ovo falante" sela as palavras da menina Naruse Jun para que ela não magoe mais ninguém no futuro. |
Vários anos se passam até que um professor muito especial coloca Naruse juntamente com outros três jovens num Comité de Integração Comunitária. A principio nenhum dos membros forçados desse Comité parece aceitar bem a sua nova incumbência, mas com o tempo os quatro acabaram por se unir para organizar um musical cujo assunto é escrito pela própria Naruse com base na sua própria história.
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| A relação entre os quatro membros do Comité de Integração Comunitária será o mote para que Naruse possa superar o seu trauma do passado. |
Em relação aos outros protagonistas deste filme temos Sakagami Takumi, o jovem que se propõe ajudar Naruse a expressar aquilo que vai no seu coração, a história de Takumi é em certo ponto semelhante com a história de Naruse, sendo ambos filhos de pais divorciados e cada um se culpando por isso. Nitou Natsuki, a menina certinha que fala na sinopse, namorou no passado com Takumi e a história entre ambos parece ainda não estar esclarecida. Desde o início do filme torna-se claro que ela ainda gosta dele, apesar de não conseguirmos à partida intuir o que ele sente por ela. Por fim, mas não menos importante, temos a personagem que achei mais complexa, mas muito menos explorada do que todas as outras, Tasaki Daiki é o principal jogador da equipa beisebol da escola, no entanto, uma lesão o colocou de fora, não sabendo com lidar com a sua frustração, ele acaba por descontar nos seus colegas de equipa que criam uma certa animosidade para com ele, contudo, eles não têm coragem para lhe dizer como se sentem e falam mal dele pelas costas. Tasaki é surpreendentemente mais intuitivo do que qualquer um dos outros protagonistas e ao mesmo tempo aquele que é mais menosprezado.
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| Naruse e Natsuki. |
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| Naruse e Daiki. |
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| Naruse e Takumi. |
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| É através da criação de um musical que se irá desenvolver a história do filme. |
A premissa deste filme é bastante interessante. Gostei imenso do assunto que explorou, realmente o poder das palavras é muito grande na vida das pessoas. Já dizia o grande Raul Brandão, numa das minhas citações preferidas:
Vivemos de palavras. Vamos até à cova com palavras. Submetem-nos, subjugam-nos. Pesam toneladas, têm a espessura de montanhas. São as palavras que nos contêm, são as palavras que nos conduzem.
Em relação às comparações que ouvi, não acho que este filme deva ser de algum modo comparado a Koe no Katachi, apenas porque a protagonista não fala, são casos completamente diferentes e acho que não seria justo. Koe no Katachi está para mim num patamar superior. Mas deve haver quem discorde. Por outro lado, achei algumas semelhanças entre este filme e o anime shoujo Suki-tte Li Na Yo (Say "I Love You"). Todas essas semelhanças se devem às suas protagonistas que me pareceram muito semelhantes tanto física como emocionalmente, sendo que ambas encontram-se profundamente traumatizadas por algo que aconteceu quando ainda eram muito pequenas, até que subitamente encontram um modo de se libertar desse trauma com a ajuda de novos amigos.
O melhor: A originalidade da história que certamente consegue cativar a maior parte da sua audiência.
O menos bom: A conclusão do filme não foi má, mas perto do final a protagonista acaba por fazer algo que vai contra tudo aquilo que que seria de prever. Achei que ela foi egoísta de um modo nada coincidente com a sua personalidade até então.
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