A Arte Subtil de Saber Dizer que se F*da, Mark Manson | Opinião Livros

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Capa do livro.


Sinopse:
Uma abordagem que nos desafia os instintos e nos força a questionar tudo o que sabemos sobre a vida.
Durante décadas convenceram-nos de que o pensamento positivo era a chave para uma vida rica e feliz. Mas esses dias chegaram ao fim. Que se f*da o pensamento positivo! Mark Manson acredita que a sociedade está contaminada por grandes doses de treta e de expectativas ilusórias em relação a nós próprios e ao mundo.
Recorrendo a um estilo brutalmente honesto, Manson mostra-nos que o caminho para melhorar a nossa vida requer aprender a lidar com a adversidade. Aconselha-nos a conhecer os nossos limites e a aceitá-los, pois no momento em que reconhecemos os nossos receios, falhas e incertezas, podemos começar a enfrentar as verdades dolorosas e a focar-nos no que realmente importa.
Recheado de humor e experiências de vida, A Arte Subtil De Saber Dizer Que Se F*da é o soco no estômago que as novas gerações precisam para não se perderem num mundo cada vez mais fútil.

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Pessoalmente, acho muito difícil e fugaz a abordagem do pensamento positivo, como se o mundo fosse todo cor-de-rosa e tal, o que não querer dizer que não hajam coisas boas no mundo, muito pelo contrário, existem coisas boas e coisas más. Esta nova abordagem de Mark Manson surgiu como uma lufada de ar fresco, estranhamente libertadora para quem, como eu, vive no stress do dia a dia e tenta seguir em frente, apesar dos percalços pelo caminho.

Ter sempre um pensamento positivo é humanamente impossível, digam o que disserem, e este livro acaba por ter um título que diz tudo. Às vezes temos que desistir de objetivos em prol de outros e saber priorizar os diferentes aspetos da nossa vida. O que é que nós mais valorizamos na vida?

Nós não somos culpados pelo que acontece de mal nas nossas vidas, mas cabe a nós enfrentar os reveses da vida e persistir na dor e adversidade, em suma, cabe-nos lutar. Essa é a principal mensagem deste livro. Curiosamente, é aquele tipo de mensagem que deveria ser de senso comum, mas que na realidade acaba por ser reveladora.

Num mundo cada vez mais fútil, onde as pessoas tentam passar por cima umas das outras para saírem vencedoras numa atmosfera altamente competitiva nós somos os principais influenciadores do nosso futuro.

Gostei deste livro até à parte em que o autor fez questão de engrandecer a morte e quase apelar às experiências de quase morte para podermos evoluir enquanto seres humanos, aí Mark Manson passou a fronteira entre um bom conselheiro e um excêntrico revolucionário. Não querendo questionar as teorias do autor aconselho a lerem este livro com alguma leveza e a não o levarem demasiado a sério. Comecei por adorar o livro, mas no final senti me extremamente desconfortável com as teorias do autor acerca da morte.

Notei algumas incongruências nas histórias que o autor contou sobre várias personalidades do passado, mas isso apenas porque tive a curiosidade de ir pesquisar sobre as pessoas acerca das quais ele falava. Conclui com a minha pesquisa amadora que Mark Manson exagerou em alguns aspetos da vida dessas personalidade apenas para fazer valer o seu ponto de vista, algo que acho desleal para com os seus leitores.

Em relação à escrita, achei-a direta e bastante clara, daquele tipo de escrita que nos impulsiona a ler sem parar durante várias páginas. Em relação à mensagem gostei e concordo com o autor em vários aspetos, como de resto já afirmei, só discordo com a excessiva importância que ele dá à morte, o que é desconfortável para quem pretende, ao ler um livro de auto-ajuda, ter uma visão mais otimista e motivadora perante a vida.

Segue abaixo uma das minhas citações favoritas do livro:
Sofremos pelo simples fato de que sofrer é biologicamente útil. O sofrimento é o agente preferido da natureza para inspirar mudanças. A evolução nos fez viver constantemente com certo grau de insatisfação e insegurança, porque é a criatura levemente insatisfeita e insegura que faz o máximo para inovar e sobreviver. Somos programados pela natureza para ficar insatisfeitos com tudo que temos e desejar apenas o que não temos. Essa insatisfação permanente faz nossa espécie seguir lutando e progredindo, construindo e conquistando. Então, não: nossa dor e tristeza não são uma falha da evolução humana. Pelo contrário: são um recurso essencial dela.


O melhor: Uma abordagem diferente e libertadora sobre a vida.

O menos bom: A excessiva importância que o autor dá ao tema da morte.


Mark-Manson

Sobre o autor:
Mark Manson cresceu em Austin, no Texas, viveu em Boston e viajou por todo o mundo durante sete anos. É um autor bestseller do The New York Times e escreve sobre uma grande variedade de temas, no âmbito do desenvolvimento pessoal. Para além da sua atividade de bloguer e empreendedor, publica regularmente artigos com a BBC, CNN, Business Insider, Time, entre outros. Vive atualmente em Nova Iorque.

Comentários

  1. Já li e apesar de ter gostado, confesso e esperava mais!
    Sigo o blog.
    https://the-choice-26.blogspot.com/

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    1. Concordo, com um nome tanto apelativo e todo o marketing em volta deste livro era de esperar que fosse mais consistente. É bom, mas é pouco inovador, ao contrário do que seria de supor com um nome tão original. Obrigada pelo seu comentário!

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