Livro vs Filme: Inocência Perdida, Nora Roberts

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Voltando com mais uma rubrica Livro vs Filme não podia de deixar de continuar com aquilo que chamo "a onda Nora Roberts". Vou voltar a comparar um dos meus livros favoritos da autora, ou seja outro dos livros figurantes no meu TOP 7 - Romances Nora Roberts, chamado Inocência Perdida com a sua adaptação cinematográfica que dá pelo nome original de Carnal Innocence.

Carnal Innocence, à semelhança do que aconteceu com Angels Fall, Tribute e Carolina Moon, obras da autora que também já comparei com a sua respectiva obra literária nesta rubrica, foi uma produção da produtora Lifetime em formato de filme para televisão e também à semelhança dos outros filmes não possuiu um orçamento milionário, mas sim uma boa base que é um dos romances mais famosos de Nora Roberts. Vamos então analisar as duas obras em causa.


O livro:


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Sinopse:
Na pequena cidade de Innocence, no Mississípi, os dias são compridos, as noites perfumadas e os segredos difíceis de preservar. Mas quando um assassino brutal ceifa as vidas das mulheres mais bonitas do local, amigos e vizinhos são obrigados a perguntar-se se se trata de um estranho à espreita no pântano... ou de alguém mesmo ali ao lado.
 Esgotada por uma carreira frenética como violinista, Caroline Waverly chega a Innocence na esperança de que a casa da sua falecida avó lhe providencie a tranquilidade de que tanto precisa. Mas Innocence tem algo mais para lhe oferecer: o bonito e encantador Tucker Longstreet. Tucker é conhecido pelos seus romances curtos e superficiais. Mas quando vê Caroline sente que ela é diferente de todas as mulheres que conheceu. A reservada violinista também sente uma excitação inesperada ao pé dele, mas quando descobre a terceira vítima nas águas pantanosas por trás da sua casa e Tucker é considerado o principal suspeito, o seu caso de Verão pode transformar-se num caso de… vida ou morte.

Análise e pequeno resumo:

Inocência Perdida é um dos meus livros favoritos de Nora Roberts. Neste livro a autora conta-nos uma história que consegue conciliar um poderoso romance com uma série de violentos assassinatos.

Caroline Waverly é uma das maiores violinistas do mundo, esgotada por uma agenda lotada e inúmeros concertos ao redor do mundo, sofre uma espécie de esgotamento que se materializa num grave bloqueio criativo e num pânico injustificável de atuar para uma plateia, o que a força a parar a sua carreira e tentar uma recuperação na casa da sua falecida avó, numa terra isolada do Mississípi chamada Innocence. Contudo, a sua chegada coincide com uma série de crimes brutais contra belas mulheres efetuados por um Serial Killer de identidade desconhecida.

Por outro lado há Tucker Longstreet, um dos principais suspeitos dos crimes, devido às suas anteriores relações com as vítimas, que se interessa por Caroline e ambos desenvolvem uma relação. Até que ponto a relação entre ambos poderá colocar Caroline em perigo? Não posso revelar.

Geralmente consigo ter uma ideia de quem é o assassino neste tipo de obras logo à partida. Aqui tive muitas dificuldades em encontrar o culpado e não cheguei lá perto. Não estava mesmo à espera que o culpado fosse aquela pessoa em particular e até hoje acho que a autora cometeu uma grande gafe com o final deste livro, por não nos ter explicado uma das cenas mais violentas que eu já li num dos seus livros, uma cena que me causa muita estranheza por ter sido realizada por este assassino em particular (só quem já leu este livro pode saber do que estou a falar).


O filme:

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Dados Técnicos
Título original: Carnal Innocence
Diretor: Peter Markle
País: EUA
Ano: 2011
Género: Drama, Mistério, Romance
Elenco: Gabrielle Anwar, Colin Egglesfield, Shirley Jones, Pancho Demmings, Andrew W. Walker, Jud Taylor, Jennifer Taylor, Drew James, Antonio D. Charity, Kym Jackson, Ed Lauter, Josh Blaylock, Brad Rowe, John Lacy, Mia Cottet, Judson Mills

Sinopse: Caroline, uma violinista mundialmente famosa retorna à sua terra natal, Innocence, para se reguardar do mundo. Mas um Serial Killer encontra-se a assassinar mulheres jovens e belas de Innocence, e Caroline pode vir a tornar-se num seu principal alvo.

Comparações e pequeno resumo:

Desta vez adorei o filme! Lindo e com uma história bem contada, Carnal Innocense conseguiu pegar no enredo do livro e trazê-lo para o ecrã com personagens de carne e osso tão carismáticas quanto aquelas que Nora Roberts nos apresentou no livro. Além disso, o casting parece ter acertado em cheio com atores talentosos e bastante competentes nos seus papeis. Outra vantagem deste filme em relação às anteriores adaptações de obras da Nora Roberts por parte da Lifetime pode ter a ver com o facto deste filme ser mais recente e, talvez por isso, mais bem trabalhado que os anteriores.

O facto dos atores que interpretam o casal de protagonistas, Colin Egglesfield e Gabrielle Anwar, serem mais velhos do que as personagens de Nora Roberts nem se fez notar e gostei da prestação de ambos.

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Colin Egglesfield e Gabrielle Anwar são os protagonistas de Carnal Innocense.

Dos vários protagonistas masculinos de Nora Roberts, Tucker Longstreet é talvez um dos mais complexos, com mais problemas e vários defeitos, Colin Egglesfield conseguiu encarnar um Tucker mulherengo e galanteador e ao mesmo tempo vulnerável e protetor da sua família, mas de fora ficou grande parte da dinâmica da sua relação com Caroline que acabou por se inverter em relação ao que geralmente acontecia nas suas relações anteriores. Grabielle Anwar conseguiu fazer valer da sua experiência como atriz para interpretar Caroline, uma mulher bonita e talentosa, mas também com muitas inseguranças e receios quanto à sua vida.

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Muitas outras personagens fazem parte desta história e todas elas conseguem enriquecer o filme à sua maneira. Todas as personagens de Carnal Innocence são importantes para o desenrolar da história e possuem vários detalhes que as tornam únicas e ao mesmo tempo bem realistas.

O mistério do verdadeiro assassino também foi muito bem conseguido, fazendo-nos dar várias voltas até chegar-mos ao verdadeiro culpado dos assassinatos. E a identidade do assassino é bastante surpreendente tanto no livro quanto no filme.

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O melhor do filme foi a química entre o casal de protagonistas.

Vencedor:

Desta vez fiquei na dúvida quanto ao vencedor deste combate livro vs filme, mas após alguma deliberação tenho que reconhecer que o livro continua a apresentar um maior desenvolvimento e evolução das personagens do que o filme, uma vez que muita coisa ficou de fora no filme. Mesmo assim recomendo o filme como uma obra de qualidade com atores capazes e um enredo bastante bem conseguido. Este foi sem dúvida o combate mais renhido desta rubrica até agora.

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