Um Segredo do Passado, Jason Reitman| Opinião Filmes

Laybor Day
Poster português do filme Um Segredo do Passado (Laybor Day)

Realização: Jason Reitman
País: Estados Unidos da América
Ano: 2014
Género: Drama, Romance
Elenco: Kate Winslet, Josh Brolin, Gattlin Griffith, Tom Lipinski, Stephanie Atkincon, Tobey Maguire
IMDb: http://www.imdb.com/title/tt1967545/


Sinopse:
Henry Wheeler, um rapaz de treze anos, luta por ser o homem da casa e por cuidar da sua mãe Adele, enquanto se confronta com todos os problemas da adolescência. Numa ida às compras, Henry e a sua mãe encontram Frank Chambers um homem intimidante, mas claramente a necessitar de ajuda, que os convence a levarem-no para casa deles e que, mais tarde, lhes revela ser um condenado fugitivo. Os dias que se seguem vão definir o resto das suas vidas... (Fonte: Netflix)


Opinião:
Este filme é completamente diferente daquilo que estava à espera. Temos um enredo bastante sombrio a principio, mas que acaba por se revelar de alguma maneira romântico e esperançoso. Temos dois grandes atores, Kate Winslet e Josh Brolin, que conseguem alimentar todo o filme com o seu carisma e talento, formando um casal incrivelmente realista e verdadeiro. Sem eles este filme não teria funcionado tão bem, teria sido apenas mais um filme dentro do género. Um género já bastante explorado.

O enredo é simples e ao mesmo tempo apelativo, adaptado de um romance escrito por Joyce Maynard de seu nome Laybor Day. Temos uma mãe divorciada que se esforça por lutar contra uma grande depressão, que a impede de sair de casa e que acaba por a tornar prisioneira na sua própria casa, um adolescente de 13 anos que na sua inocência tenta compensar a perda da mãe agindo como “marido substituto”, mas que obviamente não consegue colmatar a grande solidão em que vive a sua mãe, Adele. Frank, o terceiro elemento da história, é alguém que irá mudar a vida de mãe e filho ensinando-lhes importantes lições de vida, curiosamente, trata-se de um prisioneiro foragido, um homem que aparentemente cometeu um crime de homicídio à 18 anos atrás.


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Adele, Henry e Frank (da esquerda para a direita), uma família improvável.

 O passado de Adele e Frank vai sendo revelado ao longo de flashbacks, durante os quais vamos analisando os acontecimentos sobre o ponto de vista de ambos. E vamos percebendo que ambos representam a salvação um do outro. As cenas entre ambos são comoventes, como na cena em que Adele revela a sua maior preocupação para o futuro que ambos poderão vir a partilhar juntos, a resposta de Frank fez-me adorá-lo.


Henry, o filho de Adele e narrador da história, é um miúdo que para além de se ver envolvido nesta situação invulgar (albergar um fugitivo na sua própria casa), se debate com o seu próprio crescimento e amadurecimento e todas as questões existenciais próprias da idade, mas ao mesmo tempo é um jovem emocionalmente maduro para a idade, apesar de ser influenciável e de, ao longo do filme, se deixar manipular por uma jovem forasteira.

Existe toda uma corrente de situações que conduzem ao precipitar do grande clímax final, nesse momento senti que estava a ser feita uma grande injustiça, mas a verdade é que não estamos perante um romance cor-de-rosa, mas sim de uma história que podia ser real, sobre duas almas fragilizadas e solitárias que anseiam por amor mais do que qualquer outra coisa no mundo. O encerrar dos acontecimentos torna-se necessário. Com esta experiência, Henry parece ter-se tornado num jovem mais maduro e capaz para enfrentar o mundo, uma vez que a sua interação com Frank, naqueles poucos dias, pode ter sido o melhor que lhe aconteceu. Tornando-o mais capaz e preparando-o para o futuro mais do que a sua interação com o seu próprio pai.

O final do filme é comovente, apesar de me parecer de algum modo injusto, mas enfim trata-se de um filme que tenta ser realista e singelo.


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Kate Winslet e Josh Brolin protagonizam esta história de amor.


O melhor: Kate Winslet e Josh Brolin, dois atores acima da média, que conseguem conduzir o filme de modo magnífico, principalmente, Josh Brolin que esbanja charme em todas as cenas nas quais aparece.


O pior: O final um pouco agridoce, pelo menos para mim, mas o melhor mesmo é assistirem e tirarem as vossas próprias ilações.


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