A Luz entre os Oceanos, Derek Cianfrance | Opinião Filmes



The Light Between Oceans
Filme "A Luz entre os Oceanos"

Título Original: The Light Between Oceans
Realização: Derek Cianfrance
País: Estados Unidos da América, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia
Ano: 2016
Género: Drama, Romance
Elenco: Michael Fassbender, Alicia Vikander, Rachel Weisz, Bryan Brown, Jack Thompson
IMDb:http://www.imdb.com/title/tt2547584/


Sinopse:

Depois da Primeira Grande Guerra, um soldado traumatizado que foi aclamado como herói regressa à sua Austrália natal para trabalhar num farol. Lá, apaixona-se por uma mulher. Casam-se. Tentam ter filhos, mas perdem o bebé em todas as gravidezes. Um dia, encontram um barco a remos com o cadáver de um homem e uma bebé recém-nascida, que adoptam como deles. E é aí que os problemas começam.


Opinião:

A Luz Entre Oceanos é uma história sobre o bem e o mal, e de como, por vezes, se confundem.


O nosso herói, Tom Sherbourne (Michael Fassbender), é um ex-soldado, que sobreviveu à violenta frente de batalha da Primeira Guerra Mundial, agora (em 1918), regressado a casa vive atormentado pelos fantasmas da guerra que o perseguem. É num farol, situado numa ilha isolada na costa da Austrália, que espera encontrar a paz ou pelo menos a expiação pelos seus pecados, mas é onde precisamente acaba por encontrar muito mais do que isso, como o amor, a esperança e a redenção. 

Isabel (Alicia Vikander) é uma jovem mulher, bonita e cheia de vida que, apesar de ter perdido os irmãos na mesma guerra à qual Tom sobreviveu, não perdeu a fé na vida e que sonha em construir uma grande família.

Tom e Isabel apaixonam-se, apesar de resistência de Tom, e iniciam uma nova vida, na Ilha de Janus, onde um farol que ilumina dois oceanos será a única testemunha de uma grande história de amor, que contudo, é assolada por uma tragédia.


A Luz Entre os Oceanos
Tom e Isabel no seu casamento.

Após dois abortos, Isabel e Tom vêm os seus sonhos de criar uma grande família se esmorecerem, até que o destino lhes traz uma bebé, à qual dão o nome de Lucy e criam como se fosse o bebé que acabaram de perder, mas o destino acabará por fazer ver a Tom que o que ambos fizeram trouxe um grande sofrimento a outra pessoa, Hannah Potts (Rachel Weisz), a mãe biológica da criança, que no mesmo dia perdeu o marido e a filha bebé. Será, portanto, num enorme mar de culpa que Tom irá mergulhar e se consumir durante alguns anos, até que de modo bastante egoísta (na minha opinião), sem avisar a esposa para os acontecimentos que irão mudar as suas vidas, decide se redimir.

Uma família amorosa.

Tom vai ter então que lidar com a perda de Lucy e da esposa Isabel, ao mesmo tempo que Hannah irá se debater com a consciência de que a sua filha considera outra mulher como sua verdadeira mãe, todas as personagens irão sofrer e, provavelmente, continuarão a sofrer após os acontecimentos que as marcarão para sempre.


A história da mãe da bebé também é muito interessante, é uma pena que uma grande atriz como a Rachel Weisz não seja mais aproveitada, mas ela está muito bem em todas as suas cenas.


A menina que é resgatada do mar, Lucy-Grace, é super fofa. Acho que a menina tem talento e desenvoltura à frente das câmaras. Pode ser que tenha futuro como atriz, ainda é cedo para dizer, mas quem sabe…

Um filme com uma mensagem poderosa, mas que não deixa de ser imensamente romântico. Há quem diga que é um filme demasiado melodramático que apela em excesso às lágrimas, eu cá não achei, só no final é que derramei uma ou duas lágrimas, talvez tenha sido por falta de sentimentalismo, sei lá. Concluindo, este filme é extremamente simples na sua história e, ao mesmo tempo, intenso nas emoções que nos desperta. Adorei e aconselho vivamente.

O melhor: A química entre os atores que formam o casal de protagonistas (Michael Fassbender e Alicia Vikander) que se tornaram num casal verdadeiro após as filmagens deste filme.

O menos bom: Não podendo apontar nada como mau, aponto talvez a rapidez com que o casal de protagonistas se envolveu, sem vermos o evoluir da sua relação e, talvez a lentidão de alguns momentos do filme. Mas nada que lhe tire a graça.

Comentários

  1. Muito boa sua analise do filme. Me deixou ate curioso para assistir.
    Pessoalmente eu também achei egoísmo do sujeito entregar a menina anos depois, se ia entregar era melhor ter feito isso logo no começo, evitaria muita dor e sofrimento. Mas como ainda não assisti o filme não posso opinar sobre isso com 100% de certeza.

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    Respostas
    1. Fico muito contente que tenha gostado da minha análise do filme. Espero que assista e que goste.
      Acho que o protagonista devia ter pensado bem no que ia fazer, porque quem acabou por sofrer mais nesta história toda foi a menina que, sem perceber porquê, foi afastada dos únicos pais que conhecia.

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