A Grande Magia, Elizabeth Gilbert | Opinião Livros

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Capa do livro A Grande Magia de Elizabeth Gilbert.

Sinopse:
Com uma capacidade de empatia notável e uma generosidade ímpar, a autora apresenta-nos a sua visão da misteriosa natureza da inspiração. Mostra-nos como abraçar a nossa curiosidade e largar o sofrimento. Viver a vida com mais paixão, menos angústias, e em toda a sua plenitude: é este o desafio d’A Grande Magia, uma porta aberta para o mundo da inspiração e da felicidade.


Opinião:
Ao longo do tempo, pela mão dos próprios artistas, tem surgido o mito do artista atormentado, um artista que apenas consegue alcançar o máximo de inspiração através do sofrimento, de um tormento emocional atroz. Elizabeth Gilbert não concorda com este ponto de vista, e, com este livro apresenta-nos o seu próprio ponto de vista. Um ponto de vista muito mais leve. Não é necessário sofrer ou consumir substâncias ilícitas como muitos artistas fizeram e alguns continuam a fazer para criar uma arte sublime.

Um livro motivacional para quem aspira a uma carreira nas artes, com a própria experiência de vida de Elizabeth Gilbert que antes de escrever um livro lido por milhões de pessoas em todo o mundo (Comer, Orar, Amar) e adaptado ao cinema com Julia Roberts no principal papel foi uma artista anónima entre tantos outros escritores ou aspirantes escritores, mas cuja a persistência e a sua maneira de ser não deixaram que desistisse e perseguisse o seu sonho de ser escritora com todas as suas forças. Muitas foram as recusas que ouviu, muitos foram os momentos em que se sentiu insegura quanto ao seu talento, mas nunca desistiu e procurou sempre melhorar.

Elizabeth Gilbert parece ser uma mulher muito especial, alguém que não tem medo de expor os seus mais profundos medos e esperanças neste livro. E que além disso mostra uma grande generosidade ao revelar os seus truques para conseguir alcançar o sucesso. Mas, como a própria refere várias vezes, é necessário gostarmos profundamente da arte para conseguirmos seguir um caminho muitas vezes incerto. Esta é uma profissão que, ao contrário de muitas outras, não nos trás estabilidade, por vezes, existirão grandes altos, noutras vezes enormes baixos, apenas o amor à arte poderá manter-nos no caminho certo sem desvios.

Seguem algumas das ideias que achei mais interessantes neste livro:

"Então, se puder concluir alguma coisa, conclua! Só com isso já ficará quilómetros à frente da maioria." (Pág. 186)

"Por outras palavras, talvez deseje que o seu trabalho seja perfeito; pois eu só quero concluir o meu." (Pág. 186)

"A confiança inabalável requer que, ainda assim, exponha o seu trabalho, porque ela sabe que o resultado não é o mais importante" (Pág. 271)

"Nunca peça desculpas, nunca dê muitas explicações e nunca se envergonhe da sua criação. Fez o melhor que pôde com o conhecimento e os materiais que tinha e no tempo disponível." (Pág. 276)


Sobre a autora:

Elizabeth Gilbert

Elizabeth Gilbert nasceu no Connecticut em 1969. É autora de Pilgrims, uma coleção de contos nomeada para o prémio PEN/Hemingway, de Stern Man e de The Last American Man, nomeado para o National Book Award e para o National Book Critics Circle. Trabalhou na revista GQ e foi nomeada três vezes para o prémio National Magazine pela peculiaridade da sua escrita. Vive em Nova Jérsia com o marido, e está a prepar o seu próximo livro, acerca do casamento.

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