Dados Técnicos:
Título original: Ghost in the Shell
Diretor: Rupert Sanders
Título original: Ghost in the Shell
Diretor: Rupert Sanders
País: EUA
Ano: 2017
Género: Ação, Drama, Ficção Científica
Elenco: Scarlett Johansson, Pilou Asbæk, Takeshi Kitano, Juliette Binoche, Michael Pitt, Chin Han, Danusia Samal, Lasarus Ratuere, Yutaka Izumihara, Tawanda Manyimo, Peter Ferdinando, Anamaria Marinca, Daniel Henshall
IMDb: https://www.imdb.com/title/tt1219827/
Sinopse:
Como fã de animes não posso dizer que não conhecia minimamente a história de Ghost in the Shell, uma das maiores e mais cultuadas obras de manga de cyberpunk e ficção científica da autoria de Masamune Shirow, adaptada várias vezes e de modo muito bem sucedido em anime seja em formato série ou filme. Por essa razão aguardava com expetativa esta adaptação hollywoodiana, mas, por razões do acaso, apenas consegui assistir a este filme recentemente e porque figura agora do catálogo da Netflix.
Apesar deste filme não se poder comparar com a grandiosidade da obra original como de resto seria de se supor, a verdade é que este filme, protagonizado por Scarlett Johansson, acaba por ser bastante competente dentro de dois géneros que considero deveras interessantes e que, por vezes, costumam andar de mãos dadas que é a ficção científica e o cyberpunk. Estamos perante um mundo futurista assente, como muitos outros filmes do género, no crescimento desmedido da tecnologia que acaba por tomar conta de todos os aspetos da vidas do ser humano e, em última instância, do próprio corpo humano, o aperfeiçoando e em última instância o substituindo, na medida em que a protagonista da história, Major, viu o seu cérebro colocado num corpo cyborgue e é vista pela empresa que a criou como o futuro da evolução humana.
Enquanto que no anime são colocadas inúmeras questões filosóficas transcendentes relacionadas com a questão da identidade e aquilo que nos torna humanos, no filme todas estas questões, apesar de estarem de algum modo subjacentes, não são particularmente focadas, sendo dado mais relevo à evolução de Major, na sua luta para aceitar o seu corpo robótico e recordar o seu passado enquanto humana.
Scarlett Johansson pode não ser uma aposta concensual para protagonizar Major, a icónica protagonista de Ghost in the Shell, mas acaba por encarnar a personagem de modo bastante decente, apesar de longe da perfeição. Por outro lado Pilou Asbæk e Takeshi Kitano encarnam, respetivamente, Batou e Aramaki, nos presenteando com interpretações estupendas, mesmo que Batou tenha abandonado, pelo menos em parte, a veia cómica que o tem vindo a caracterizar no anime, mas tal se deve certamente ao rumo da história que leva a que este personagem carismático tenha que seguir num rumo ligeiramente diferente.
Em relação ao cenário futurista está soberbo e aponto-o como um dos pontos mais fortes da obra que aposta em efeitos visuais de ponta para nos trazer um universo bastante semelhante àquele que nos é apresentado no anime e que não deixa de ter uma ponta extremamente visionária relativamente ao futuro real da Humanidade. Outro ponto positivo no filme foram as inúmeras referências a algumas das cenas mais icónicas do anime, nomeadamente, as descidas vertiginosas da protagonista de grandes prédios ao mesmo tempo que entra em modo camuflagem e a cena da luta na água também em modo camuflado entre outras. Grandes recriações que sem dúvida mostram-nos a essência das capacidades únicas de Major que assentam ao mesmo tempo na força, técnica e capacidade de se esconder do adversário.
Como ponto negativo tenho forçosamente que realçar o passado da protagonista que me soou de algum modo forçado e pouco plausível. Considero que este ponto tão importante para o filme deveria ter sido melhor desenvolvido e certamente que os guionistas de Ghost in the Shell poderiam ter encontrado algo mais sólido para apresentar.
Alguns exemplos de cenas icónicas recriadas no filme:
O melhor: O cenário futurista e os efeitos especiais de ponta.
O menos bom: Dada a sua importância para o clímax da história, o passado da protagonista não foi devidamente desenvolvido.
Sinopse:
Salva de uma morte certa e ressuscitada como ciborgue, a Major Kusanagi lidera uma força de intervenção anticibercrime. Mas há um hacker com planos bem mais grandiosos (Fonte: Netflix).
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| Nascida para liderar. Construída para lutar. |
Opinião:
Como fã de animes não posso dizer que não conhecia minimamente a história de Ghost in the Shell, uma das maiores e mais cultuadas obras de manga de cyberpunk e ficção científica da autoria de Masamune Shirow, adaptada várias vezes e de modo muito bem sucedido em anime seja em formato série ou filme. Por essa razão aguardava com expetativa esta adaptação hollywoodiana, mas, por razões do acaso, apenas consegui assistir a este filme recentemente e porque figura agora do catálogo da Netflix.Apesar deste filme não se poder comparar com a grandiosidade da obra original como de resto seria de se supor, a verdade é que este filme, protagonizado por Scarlett Johansson, acaba por ser bastante competente dentro de dois géneros que considero deveras interessantes e que, por vezes, costumam andar de mãos dadas que é a ficção científica e o cyberpunk. Estamos perante um mundo futurista assente, como muitos outros filmes do género, no crescimento desmedido da tecnologia que acaba por tomar conta de todos os aspetos da vidas do ser humano e, em última instância, do próprio corpo humano, o aperfeiçoando e em última instância o substituindo, na medida em que a protagonista da história, Major, viu o seu cérebro colocado num corpo cyborgue e é vista pela empresa que a criou como o futuro da evolução humana.
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| Scarlett Johansson é Major. |
Enquanto que no anime são colocadas inúmeras questões filosóficas transcendentes relacionadas com a questão da identidade e aquilo que nos torna humanos, no filme todas estas questões, apesar de estarem de algum modo subjacentes, não são particularmente focadas, sendo dado mais relevo à evolução de Major, na sua luta para aceitar o seu corpo robótico e recordar o seu passado enquanto humana.
Scarlett Johansson pode não ser uma aposta concensual para protagonizar Major, a icónica protagonista de Ghost in the Shell, mas acaba por encarnar a personagem de modo bastante decente, apesar de longe da perfeição. Por outro lado Pilou Asbæk e Takeshi Kitano encarnam, respetivamente, Batou e Aramaki, nos presenteando com interpretações estupendas, mesmo que Batou tenha abandonado, pelo menos em parte, a veia cómica que o tem vindo a caracterizar no anime, mas tal se deve certamente ao rumo da história que leva a que este personagem carismático tenha que seguir num rumo ligeiramente diferente.
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| Pilou Asbaek, Scarlett Johansson e Takeshi Kitano. |
Em relação ao cenário futurista está soberbo e aponto-o como um dos pontos mais fortes da obra que aposta em efeitos visuais de ponta para nos trazer um universo bastante semelhante àquele que nos é apresentado no anime e que não deixa de ter uma ponta extremamente visionária relativamente ao futuro real da Humanidade. Outro ponto positivo no filme foram as inúmeras referências a algumas das cenas mais icónicas do anime, nomeadamente, as descidas vertiginosas da protagonista de grandes prédios ao mesmo tempo que entra em modo camuflagem e a cena da luta na água também em modo camuflado entre outras. Grandes recriações que sem dúvida mostram-nos a essência das capacidades únicas de Major que assentam ao mesmo tempo na força, técnica e capacidade de se esconder do adversário.
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| Kuze e Major |
Como ponto negativo tenho forçosamente que realçar o passado da protagonista que me soou de algum modo forçado e pouco plausível. Considero que este ponto tão importante para o filme deveria ter sido melhor desenvolvido e certamente que os guionistas de Ghost in the Shell poderiam ter encontrado algo mais sólido para apresentar.
O melhor: O cenário futurista e os efeitos especiais de ponta.
O menos bom: Dada a sua importância para o clímax da história, o passado da protagonista não foi devidamente desenvolvido.
Não sabia que tinha saído esse filme!
ResponderEliminarGosto muito da actriz e, apesar de ter uma cotação menos boa no imdb e da situação que mencionaste acerca de não desenvolverem o passado dela, eu vou ver o filme! Sem dúvida, e acho que vai ser ainda hoje! :D
Obrigada
Beijinho grande
Olá! Eu ouvi falar do filme logo quando estreou, até planeei ir vê-lo ao cinema, mas depois acabei por não ir... Podes assistir na Netflix.
EliminarA escolha da atriz gerou muita polémica por ela não ser de origem oriental, eu achei isso um exagero, afinal grande parte do dinheiro usado para fazer o filme deve ter sido americano.
Espero não ter passado a ideia que não gostei do filme, muito pelo contrário, apenas considero que podiam ter feito melhor.
Beijinho :)
Oi Sônia,
ResponderEliminarNão sou fã de animes, então nunca tinha ouvido falar da história, e nem do filme rs.
Mas achei o enredo do filme interessante, se tiver oportunidade vou assistir.
bjs
Olá Fernanda,
EliminarO enredo do filme é mesmo muito interessante e para quem gosta de obras de ficção cientifica vale a pena assistir.
Não ter ouvido falar do anime até pode ser bom, porque assim você não vai ter tantas (demasiadas) expetativas como eu...
Beijinho :)