Jupiter Ascending, The Wachowski | Opinião Filmes

Dados Técnicos:

Título original: Jupiter Ascending
Diretor: The Wachowski

País: EUA

Ano: 2015
Classificação: M/12

Género: Ação, Aventura, Ficção Científica

Elenco: Mila Kunis, Channing Tatum, Sean Bean, Eddie Redmayne, Douglas Booth, Tuppence Middleton, Nikki Amuka-Bird, Christina Cole, Nicholas A. Newman, Ramon Tikaram, Ariyon Bakare, Maria Doyle Kennedy, Frog Stone, David Ajala, Doona Bae

IMDb: https://www.imdb.com/title/tt1617661/

Sinopse:

Uma jovem desfavorecida descobre que está predestinada a mudar o destino do universo após ser abordada por um caçador geneticamente modificado (fonte: Netflix).

Mila Kunis é a protagonista de Jupiter Ascending.

Opinião:

Quando estreou, Jupiter Ascending foi muito falado, afinal tratava-se de um thriller de ficção científica dos irmãos Wachowski, criadores do mega sucesso à escala planetária, Trilogia Matrix com Keanu Reeves no papel do inesquecível Neo, personagem que o imortalizou como um grande ator de filmes de ação. Contudo, houve um quê de desilusão do qual este filme acabou por não recuperar, isto apesar dos efeitos especiais de ponta e cenas de ação imparáveis. Mila Kunis e Channing Tatum não convenceram como casal protagonista e a história de uma pertinência e criatividade primorosa acabou por ficar esquecida ao longo dos anos. A quando da estreia de Jupiter Ascending nas salas de cinema não me foi possível assistir ao filme, mas eis que passados alguns anos a Netflix coloca o filme no seu catálogo e cá vou eu numa viagem eletrizante pelo mundo de Jupiter Ascending.

Mila Kunis é Jupiter Jones.

Mila Kunis interpreta Jupiter Jones, a protagonista do filme e futura salvadora da humanidade, facto que esta desconhece vivendo e trabalhando como empregada de limpeza em Chicago com a família que partiu da Rússia antes dela nascer e após a morte trágica do pai. No meio de sua vida dececionante, a jovem vê-se subitamente envolvida num jogo à escala interplanetária com os membros da família Abrasax, a mais poderosa do universo, da qual descobre ser a reencarnação de um dos seus mais importantes membros e, por direito próprio, a herdeira de um planeta quase insignificante no meio da imensidão do universo chamado Terra. Planeta que é, apesar de tudo, disputado pelos três filhos da mulher que reencarnou. Channing Tatum é Caine Wise, um guerreiro com DNA de lobo caído em desgraça e que com este último trabalho, que é encontrar e trazer Jupiter para o seu patrão Titus Abrasax, busca a redenção.

Channing Tatum é Caine Wise.

Jupiter e Caine fazem uma viagem eletrizante desde Chicago até aos confins do universo para salvar a família de Jupiter e o nosso próprio planeta. Num jogo político de poder e burocracia com personagens excêntricas e estranhas, os seres humanos não passam, como acontece em Matrix, de peões insignificantes que são manipulados sem saberem por uma força superior e mais evoluída que busca apenas utilizar os habitantes do planeta Terra para conquistar a imortalidade. Mas neste caso a nossa ameaça são os membros da nossa própria espécie que afinal não é originária deste planeta, mas que tem vindo a popular um número interminável de planetas até estarem pronto para a colheita que lhes permite obter um recurso valioso...

Jupiter descobre ser a reencarnação de uma mulher poderosa.

Apesar das críticas veladas, Jupiter Ascending conquistou-me, principalmente com as suas cenas de ação, principalmente as protagonizadas por Channing Tatum que tem bastante jeito para a coisa, e efeitos especiais que devem ter custado milhões, assim como o mundo criado com todos os seus personagens que resultam de manipulação genética. Todavia, Mila Kunis e Channing Tatum estão apenas satisfatórios na sua interpretação, assim como os vilões da história que não chegam a ser cem por cento vilões, tirando Eddie Redmayne que é soberbo em qualquer papel, mesmo quando tenta assassinar a família da protagonista e a própria. Redmayne consegue trazer à vida toda a fragilidade e loucura da personagem de um modo assustadoramente natural, mesmo com o pouco tempo de antena que possui.

Eddie Redmayne numa boa interpretação do vilão Balem Abrasax.

Com o final do filme fica a sensação que o objetivo seria uma ou mais sequelas, mas, provavelmente, devido ao pouco sucesso do filme, tal acabou por ficar esquecido até hoje. Confesso que tenho esperança de ver ainda mais sobre o universo de Jupiter Ascending e quem sabe da relação entre Jupiter e Caine.

O melhor: os efeitos especiais de ponta e as cenas de ação de tirar o fôlego.

O menos bom: A falta de desenvolvimento dos maus da fita que podiam ser muito mais explorados, mas não houve tempo para tudo...