Vingadores: Endgame, Anthony e Joe Russo | Opinião Filmes

Dados Técnicos:

Título original: Avengers: Endgame
Diretor: Anthony Russo, Joe Russo

País: EUA

Ano: 2019
Classificação: M/12

Género: Ação, Aventura, Ficção Científica

Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Don Cheadle, Paul Rudd, Brie Larson, Karen Gillan, Zoe Saldana

IMDb: https://www.imdb.com/title/tt4154796/

Sinopse:

Após Thanos eliminar metade das criaturas vivas, os Vingadores têm de lidar com a perda de amigos e entes queridos. Com Tony Stark vagando perdido no espaço sem água e comida, Steve Rogers e Natasha Romanov lideram a resistência contra o titã louco.

Opinião:

Depois de vários filmes com inúmeras personagens todas importantes para universo da Marvel, eis que chega. finalmente. o derradeiro capítulo da saga dos Vingadores. Um êxito de bilheteiras descomunal como vem sendo hábito neste tipo de filmes, Vingadores: Endgame é apresentado como a joia da coroa com todos os heróis reunidos em prole de uma ameaça comum, o poderoso Thanos.

Peço que avancem com precaução a partir daqui, pois não consegui evitar os famosos spoilers nesta singela opinião.

Um equipa de heróis reduzida tenta salvar o dia.

Inicialmente, o nosso grupo de heróis está restrito a um reduzido número de sobreviventes do qual fazem parte Thor, a Viúva Negra, o Homem de Ferro, o Hulk, o Capitão América e alguns outros numa salada russa que comigo não resulta lá muito bem, mas que, para a maioria dos fãs, resulta muito bem a julgar pelas bilheteiras e pela crítica.

Robert Downey Junior está perfeito, para mim o melhor ator em cena para lá de qualquer dúvida, mas um Óscar pela sua atuação, como muitos fãs têm pedido, é um exagero. O enredo de Vingadores: Endgame não é assim tão profundo para o obrigar a suplantar-se enquanto ator. Com um guião mais desafiante ele pode chegar facilmente ao Óscar, mas não neste caso. Posso ainda vir a engolir estas palavras, mas estão escritas e não as apago.

Robert Downey Junior é inquetionavelmente a grande estrela do filme.

Temos em mãos uma obra que nos garante entretenimento e durante todas as três horas de filme somos prendados com espetaculares cenas de ação, assim como momentos de alívio cómico hilários e bem conseguidos, principalmente aqueles envolvendo as personagens Thor e Rocket Raccoon.

A grande batalha final apresenta momentos emocionantes, mas também uma confusão de personagens em ação. O Capitão América pega no martelo de Thor do nada, nunca cena non-sense para mim, porque é que haveriam de descaracterizar o poder de Thor e banalizá-lo? Uma vez que o martelo só podia ser usado pelo próprio? Se a relação entre estes dois personagens fosse mais aprofundada até perceberia, mas neste caso não gostei.

Um batalha épica entre a luz e as trevas.

Hulk é outro dos super-heróis que sofre uma mudança drástica que não me agradou, o seu aspeto ameaçador perde-se, tendo a criatura interior de Bruce Banner sido domesticada apenas para poder salvar uma parte do dia utilizando as pedras do infinito para trazer os desaparecidos de volta à vida, algo que ele apenas poderia fazer na sua forma Hulk e com o raciocínio de Bruce Banner.

Scarlett Johansson brilha em cada cena que entra.

Scarlett Johansson parece ter nascido para o papel de Viúva Negra, a heroína que merecia uma participação mais ativa na conclusão do filme. Apesar disso é a personagem feminina com mais destaque em todo o filme, a par de Nebula, mas numa obra onde é muito difícil contar o número de super-heróis nem todos podem brilhar do mesmo modo e Scarlett Johansson consegue brilhar em todas as suas cenas.

Outra personagem que achei bastante bem conseguida é a interpretada pela atriz Karen Gillan e acabou por enriquecer a história, trata-se da ex-vilã Nebula que é talvez a personagem que mais cresceu e evoluiu ao longo do filme, fazendo um derradeiro sacrifício para ajudar a salvar o dia. Gostava de ver mais sobre esta personagem, nomeadamente, a sua interação entre os seus novos colegas de equipa, os Guardiões da Galáxia.

Rocket Raccoon e Nebula, duas personagens solitárias.

O grande vilão de Vingadores: Endgame apresenta uma faceta mais debilitada no início do filme, mas no final sozinho consegue aguentar um número incrível de golpes bem poderosos. Houve quem discutisse acaloradamente quem foi a personagem mais poderosa do filme, mas a mensagem essencial da obra foi que juntos somos mais fortes e que muitas vezes é necessário o trabalho de equipa para atingir grandes feitos. Tony Stark pode ser a grande estrela do filme, o salvador definitivo do dia, mas ele não o teria conseguido sem a ajuda de todos, por mais insignificante que esta possa ter parecido a nós meros espetadores de uma batalha que até extrapolou universos.

Thanos é o grande vilão da saga dos Vingadores.

Vingadores: Endgame pode não ser muito a minha onda, mas não posso deixar de enaltecer o elenco e um grande guião que conseguiu fechar todas pontas levantadas nos filmes anteriores da série e concluir de modo bastante satisfatório os arcos narrativos de várias personagens cruciais como o Capitão América e o Homem de Ferro, por mais tristes que esses finais nos possam ter parecido.

O melhor: Os diálogos e as interações divertidas entre os heróis.

O menos bom: Retirarem as imagens de marca de certos heróis e colocarem noutros heróis como foi o caso do martelo de Thor nas mãos do Capitão América. A sério? Era mesmo necessário? Eles nem sequer tinham uma relação particularmente especial para o justificar.