O Lado Oculto da Lua, Netflix | Opinião Filmes

Dados Técnicos:

Título original: In the Shadow of the Moon

Diretor: Jim Mickle

País: EUA

Ano: 2019
Classificação: M/16

Género: Crime, Mistério, Ficção Científica

Elenco: Boyd Holbrook, Cleopatra Coleman, Michael C. Hall, Bokeem Woodbine, Rudi Dharmalingam, Quincy Kirkwood, Sarah Dugdale

IMDb: https://www.imdb.com/title/tt8110640/

Sinopse:

Um detetive da polícia  de Filadélfia envolve-se cada vez mais numa obsessão por uma assassina em série que usa métodos inexplicáveis (Fonte: Netflix).

Opinião:

Depois de ter estado muitos dias afastada do blogue, pois 2020 está a ser um ano bastante agitado, trago-vos uma "surpresa" Netflix, trata-se de um filme que eu nem fazia ideia que existia, mas que encontrei por acaso e que acabou por me surpreender pela positiva, trata-se do filme O Lado Oculto da Lua ou In the Shadow of the Moon no original.

Boyd Holbrook e Michael C. Hall (da esquerda para a direita).

O Lado Oculto da Lua é um filme de 2019 com dois grandes atores como protagonistas, Boyd Holbrook, cujos fãs de Narcos reconhecem de imediato e Michael C. Hall que protagonizou durante algum tempo uma série bastante original e inusitada que nos relatava a vida de um serial killer, que "por acaso" pertencia à polícia científica que chamava-se Dexter e, Michael C. Hall interpretava esse personagem, mas voltando ao filme, este faz-nos dar voltas e voltas à cabeça para descobrir a história por detrás da misteriosa assassina que aparece de tempos a tempos, mais concretamente de 9 em 9 anos, e sem quaisquer sinais de envelhecimento ou outra alteração física.

Desde 1988 até 2015 vamos testemunhando a atribulada trajetória de Locke, um jovem polícia de Filadélfia, cujo sonho de se tornar detetive de homicídios o levam ao confronto trágico com uma misteriosa assassina interpretada por Cleopatra Coleman.

Quem é a misteriosa assassina em série que surge de tempos a tempos?

Qual a conexão entre as vítmas? Qual a origem do estranho isótopo injetado nas vítimas e que literalmente lhes derretia o cérebro? E mistério número um: quem é a assassina e qual a sua origem?

Não posso falar muito sobre o filme, porque ele é tão misterioso que isso ia levar a spoilers e ninguém gosta disso. Tirando uma cena do filme, lá mais para o final, que achei demasiado ridícula para o meu gosto e que envolveu porcos voadores!!!!, todo o filme foi muito bem construído e os pormenores que são colocados no início da história acabam por fazer sentido ao longo do filme e isso é muito bom.

A linha temporal do filme também está excelente, sendo muito interessante acompanhar a trajetória do protagonista ao longo de 27 anos, vendo-o sofrer uma grande perda, evoluir, regredir e até envelhecer. O modo como o diretor vai-nos mostrando como o tempo não para também está bem patente em todo o filme, principalmente nos detalhes subtis dos cenários, nas roupas, nos penteados, nos carros e, principalmente, na caracterização dos atores. A equipa de maquilhadores do filme está de parabéns!

Boyd Holbrook ao longo dos anos...

A mensagem final de O Lado Oculto da Lua também é muito boa. Apesar de haver aqui muito assunto a debater... Não sei se concordo com aquela velha máxima que diz que os meios justificam os fins. Será realmente essa a melhor maneira de preservar o nosso futuro?

O Lado Oculto da Lua não procura suplantar outros filmes do género e apesar de ter claramente, não vou negar, vários defeitos que lhe tiraram alguma da força, gostei e não me arrependo minimamente de ter assistido. Afinal o género de ficção científica que é dos que mais me fascinam.

Concluindo, este filme é uma autêntica pérola, daquelas que encontramos de tempos a tempos na Netflix. Com um bom casting e uma boa história, mesmo que o diretor abuse dos chamados movimentos em câmara lenta ou slow motion em alturas completamente desnecessárias.

Um filme que adensa o mistério até ao fim.

O melhor: O mistério por detrás do aparecimento da misteriosa assassina de capuz azul.

O menos bom: Apesar de ter sido o nome deles que me chamou a atenção, a verdade é que Boyd Holbrook e Michael C. Hall já atuaram com muito mais veracidade do que neste filme.