TOP 7 - Os Maiores Monstros da Literatura

TOP 7 - Os Maiores Monstros da Literatura

Durante muito tempo, o conceito de vilão esteve ligado à aparência do personagem que deveria ser tão horrível quanto o seu caráter. Algumas obras como A Bela e o Monstro vieram no sentido de desmistificar a ideia de que o nosso aspeto exterior definia quem eramos na realidade, mas, na literatura clássica são várias as personagens com aspetos tão horrendos quanto o seu caráter ou instinto. Este post surge no sentido de apresentar algumas dessas personagens, alguns são humanos, outros são criaturas míticas e sobrenaturais, mas todos foram criados no sentido de nos causar medo e desconforto, sendo personagens pertencentes à chamada literatura de horror.
Os monstros que compõem este TOP 7 são os seguintes:


1- Monstro de Frankenstein (Mary Shelley, 1818)

O Monstro de Frankenstein

O Monstro de Frankenstein é uma personagem fictícia que apareceu pela primeira vez em 1818 no romance Frankenstein de Mary Shelley. A criatura é muitas vezes referida como "Frankenstein" devido ao seu criador, Victor Frankenstein, porém ela não tem nome.

Victor Frankenstein o criador do monstro é, no começo, um homem feliz com um futuro brilhante pela frente. No entanto, a sua ambição, aliada a uma certa ingenuidade, leva-o a criar um ser, a partir de pedaços de cadáveres, que acaba por desprezar e abandonar logo no instante em que lhe dá a vida.

O monstro criado por Frankenstein talvez não seja um demónio no início da história, mas, ao ser abandonado no mundo, desprezado e maltratado por todos, acaba por desenvolver uma personalidade tão terrível quanto a sua aparência horrenda e conduzir de modo cruel o seu criador à destruição, através de um plano maquiavélico e sangrento de vingança.

Até que ponto a personalidade do monstro criado por Frankenstein foi moldada pelas circunstâncias externas, pela vida cruel que levou, sem ninguém para o auxiliar e ensinar, não sabemos. Até que ponto toda esta tragédia poderia ter sido evitada se Frankenstein tivesse acedido ao pedido do monstro e criado uma “noiva” para ele, também não sabemos. Mas, uma coisa é certa, tudo isto aconteceu, porque o jovem Frankenstein decidiu fazer o papel de Deus.


2- Conde Drácula (Bram Storker, 1897)

Drácula de Bram Stroker

O Conde Drácula é a personagem central de Drácula, um romance de horror gótico lançado em 1897 pelo escritor irlandês Bram Stoker. Romance que acabou por transcender gerações, linguagem e cultura e tornar-se um dos romances mais populares alguma vez escritos. 

O Conde Drácula é uma das personagens mais terríveis que já nasceram na literatura, um espectro trágico e noturno que se alimenta do sangue dos vivos, e cujas paixões diabólicas devastam os inocentes e os desamparados.

O autor serviu-se de uma figura real para compor o seu protagonista: Vlad Tepes (Vlad, o Impalador, em romeno), sanguinário príncipe da Valáquia, hoje Romênia, que tinha o hábito de trespassar os prisioneiros de guerra com imensas lanças.

O Conde Drácula também se destaca como um ser eternamente amaldiçoado, cujas atrocidades noturnas refletem o lado sombrio da era extremamente moralista em que foi originalmente escrito e os desejos corruptos que continuam a atormentar a condição humana moderna.

O monstro mais belo e sedutor desta lista, com uma ambiguidade que o torna magnético, o Conde Drácula não deixa de ser um monstro, uma criatura não viva que se alimenta do sangue das suas vítimas, de onde vai buscar a vitalidade que lhe permite manter uma aparência humana e se misturar com os homens, mas a sua verdadeira forma não deixa de ser tenebrosa e assustadora.


3- Fantasma da Ópera (Gaston Leroux, 1909)

O Fantasma da Ópera
Erik, mais conhecido com o Fantasma da Ópera, é uma personagem literária criada pelo escritor francês Gaston Leroux em 1909. Erik não é o seu nome verdadeiro, mas um nome assumido por ele. 

O Fantasma da Ópera é apenas um ser humano que nasceu com uma aparência horrenda, tão horrenda que até os seus próprios pais o acabaram por desprezar e abandonar, mas, para além dessa aparência ele possuía uma mente genial que lhe permitiu desenvolver a profundar vários talentos, como dotes de arquiteto, desenhando labirintos, porões, passagens secretas e câmaras de tortura. Em Paris, ele ajudou a arquitetar o complexo Teatro da Ópera de Paris, conhecendo as suas fundações e passagens secretas. Depois da obra concluída, foi nessas fundações subterrâneas onde se refugiou, levando uma vida reclusa.

Foi a viver nos subterrâneos do Teatro da Ópera de Paris que conheceu a jovem cantora Christine e se apaixonou por ela. Começou a ensinar-lhe o canto tencionado torná-la a estrela da Ópera de Paris. 

Erik, que se apresentara a Christine como o Anjo da Música, iniciou uma série de ações tencionado conquistar o amor de Christine e manter-se como Fantasma da Ópera. No decorrer da sua trajetória, ele acaba por cometer uma série de crimes até ao seu arco redentor.



4- Mr. Hyde (Robert Louis Stevenson, 1886) 

Mr. Hyde
O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde é uma novela gótica, com elementos de ficção científica e terror, escrita pelo escocês Robert Louis Stevenson e publicada originalmente em 1886. Na narrativa, um advogado londrino chamado Gabriel Utterson investiga estranhas ocorrências entre seu velho amigo, Dr. Henry Jekyll e o malvado Edward Hyde, este último um dos monstros mais violentos desta lista.

A história decorre em Londres, Richard Enfield narra ao advogado Gabriel Utterson, o seu estranho encontro com uma figura sinistra chamada Mr. Hyde. Utterson se preocupa, pois recentemente seu cliente, o respeitável médico Dr. Henry Jekyll, tornou Hyde o beneficiário do seu testamento. Entretanto, acontecimentos estranhos vão se sucedendo, culminando com a reclusão de Jekyll no seu laboratório. O mordomo e Utterson arrombam a porta do laboratório. Lá encontram o corpo de Hyde usando as roupas de Jekyll e uma carta deste explicando todo o mistério.

Na carta, Jekyll explica que, na tentativa de separar seu lado bom dos seus impulsos mais sombrios, descobriu uma poção que o transformava, periodicamente, numa criatura sem quaisquer escrúpulos, Mr. Hyde. No início, Jekyll se deleitava com a liberdade moral que tal ser possuía, mas, com o tempo, perdeu o controle sobre as transformações.

Mr. Hyde é no fundo a representação física de uma personalidade sombria e violenta escondida no subconsciente do Dr. Jekyll. Ele é um antagonista de aspeto tão monstruoso quanto a sua personalidade e que conduz à desgraça de Jekyll.


5- Cthulhu (H.P. Lovecraft, 1928)

Cthulhu
Cthulhu é uma entidade cósmica criada pelo escritor norte-americano H.P. Lovecraft em 1926. A sua  primeira aparição foi no conto O Chamado de Cthulhu, publicado na revista Weird Tales em 1928.

O Cthulhu possui proporções gigantescas e uma aparência híbrida de um ser humanóide em conjunto com um polvo e um dragão, com uma cabeça cheia de tentáculos, corpo borrachudo e escamoso, asas de morcego e garras nas mãos e nos pés. Ele é usado em círculos de ficção científica e fantasia como sinônimo de horror, magia ou mal extremo.

Cthulhu é um deus que nas primeiras páginas do conto aparece como um ídolo de argila quase indescritível, possuindo um culto multimilenar dedicado a trazê-lo de volta - um retorno que desencadearia o fim da Humanidade.



6- Gollum (J. R. R. Tolkien, 1937)

Gollum

Gollum é uma personagem fictícia das obras do filólogo e professor britânico J.R.R. Tolkien. Ele foi introduzido na obra de fantasia O Hobbit de 1937 e se tornou uma personagem importante na sua sequência O Senhor dos Anéis.

Gollum era um hobbit, do povo do rio, que viveu perto dos Campos de Lis. Originalmente conhecido como Sméagol, ele foi corrompido pelo Anel e, mais tarde, foi chamado de Gollum após o seu hábito de fazer "barulhos horríveis em sua garganta ao engolir".

Personagem que ficou mais conhecida entre nós devido à adaptação cinematográfica da obra, Gollum possui uma série de características que o tornam numa personagem tão peculiar quanto horrenda.


7- Pennywise (Stephen King, 1986)

Pennywise
Pennywise é uma criatura sobrenatural metamorfa que costuma aparecer na forma de um palhaço para atrair as suas presas preferidas: as crianças. O assustador palhaço alimenta-se dos medos e fobias das crianças, através de telepatia. Ele surgiu pela primeira vez no livro de terror It (A Coisa), publicado em 1986 pelo escritor Stephen King.

Pennywise apareceu na Terra há muitos séculos, num evento similar a uma colisão de um asteroide, no lugar que futuramente seria Derry, no estado americano do Maine. Aparentemente, ele esperou milhões de anos em silêncio até o aparecimento dos humanos. Desde então ele acorda em ciclos de 27 a 30 anos, e caça crianças, atraindo-as como um simples palhaço para depois devorá-las.

Ele prefere crianças, porque os medos de uma criança são mais fáceis de tomar uma forma física assustando facilmente (diferente de adultos, que têm medo de coisas sem forma, como falência, solidão, o que vem após a morte, etc.).

Estes são os monstros que compõem este TOP 7!

Comentários

  1. Ou, Sonia. Tudo bem? Ficou incrível o post. Particularmente tenho preferência por Cthulhu, embora o Conde Drácula me fascine igualmente. Eu adorei sua lista, você é muito criativa. Beijo!



    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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    1. Oi Luciano.
      Obrigada! Fico contente que tenha apreciado o meu post.
      Cthulhu é o personagem mais poderoso desta lista, afinal ele pode acabar com a Humanidade, mas confesso que tenho um fascínio maior por Frankenstein e também pelo Conde Drácula por serem personagens com características mais humanas.
      Beijo

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