Até te Conhecer, Judith McNaught | Análise do livro

 Até te Conhecer, Judith McNaught



A sonhadora Sheridan Bromleigh, professora numa escola de elite americana, é contratada para acompanhar a jovem Miss Charise Lancaster até Inglaterra, onde esta se irá encontrar com o noivo, Lord Burleton. Mas a mimada Charise tem outros planos, e acaba por fugir com um rapaz que conhece no navio, deixando para Sheridan o embaraço de dar a notícia. À sua espera nas docas está Stephen Westmoreland, que tem também algo para partilhar: Lord Burleton sofreu um terrível acidente. Stephen assume que a mulher que desce da embarcação é Charise Lancaster e está prestes a revelar a tragédia quando ela é atingida na cabeça… e perde os sentidos. Três dias depois, Sheridan acorda sem qualquer memória de quem é ou de onde vem. A única pista do seu passado está no nome pelo qual todos a tratam: Miss Lancaster. Tem o belíssimo Stephen para cuidar dela e um futuro risonho pela frente. O conhecimento do passado não parece ser assim tão importante... Mas com tantos mal-entendidos à mistura, poderá esta história acabar bem?

Dos confins da América à Londres elegante da década de 1820, esta é uma aventura romântica de Judith McNaught que não vai querer perder…


Judith McNaught é uma escritora de romances históricos incontornável, mas cujos os protagonistas masculinos costumam deixar a desejar na minha opinião, pois não confiam nas suas mulheres e têm atitudes demasiado estúpidas na maioria dos casos. Claro que comecei a ler Até te Conhecer um bocadinho a medo, todavia, as atitudes incorretas surgiram dos dois lados, visto que ambos os protagonistas estiveram mal em determinado momento do livro, a autora conseguiu assim equilibrar as coisas, o que para mim foi um ponto bastante positivo do livro.

Vou falar um pouco sobre a história deste belo romance, Sheridan é uma jovem descendente de irlandeses que nasceu na América, onde após perder a mãe quando era apenas uma criança, passa a viver com o pai uma vida de viajante, passando por vários lugares da América, onde conhece várias pessoas, de diferentes origens e tem uma educação pouco convencional para uma mulher naquela época. 

Tudo muda quando o pai decide deixá-la aos cuidados de uma tia, irmã da mãe, que também vive na América. Assim Sheridan perde o contato com o pai e passa a ter uma educação mais austera, até que acaba por trabalhar numa escola para jovens mulheres. É a partir daqui que começa a história propriamente dita, já que a protagonista acaba por ter que acompanhar uma jovem aluna para Inglaterra, onde a última tinha um noivo à sua espera, mas acontecem uma série de infortúnios e estranhas coincidências que vêm juntar Sheridan com Stephen Westmoreland, desde uma morte acidental, à fuga da noiva, à amnésia da protagonista, acaba por acontecer de tudo, e ainda irão acontecer outras coincidências que não posso estar agora a falar para não dar demasiados spoilers.

É claro que estamos perante uma história divertida e caricata, mas por outro lado demasiado previsível. Apesar de apreciar um bom cliché, começo a ficar cansada deste tipo de histórias e identifico a necessidade de enveredar por outros géneros literários, mais desafiantes e apaixonantes.

Gostei imenso da protagonista, até que Sheridan tem um atitude, talvez compreensível, mas também demasiado precipitada e cobarde. Julgo que se não tivesse sido essa sua atitude, a história teria sido muito mais fluida e romântica, mas vou respeitar a criação literária de Judith McNaught e reconhecer que um conflito final dá sempre um toque emocionante a qualquer livro.

Recomendo Até te Conhecer para os amantes deste género literário, mas caso prefiram outro tipo de obras, aconselho a investirem o vosso tempo noutra obra mais desafiante. Confesso que uso estes romances como escape ou técnica de relaxamento da complexidade e dificuldade da vida real.

Como a capa do livro parece ter sido feita por alguém que não se deu a trabalho de ler a história, pois a protagonista em nada se parece com a morena da capa, sendo antes descrita como ruiva de olhos cinzentos, vou apresentar a minha sugestão de casting para os protagonistas:


O melhor: a personalidade irreverente, livre e sonhadora de Sheridan.

O menos bom: os mal entendidos deviam ter sido resolvidos noutra altura (só quem ler o livro vai perceber o que quero dizer com isso). 

Comentários

  1. Oi, Sonia. Como vai? Primeiramente desejo-lhe Feliz Natal para você e sua família. Sobre o livro parece-me uma obra agradável e atrativa. Muito boa sua resenha. Beijo!




    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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    1. Oi Luciano.
      Um Feliz Natal para si e para a sua família!
      Obrigada pelo seu comentário.
      Beijo

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  2. Olá Sonia,
    Gostei muito da sua resenha. Conheci a autora tem pouco tempo e, mesmo com as problemáticas dos protagonistas (comum nos livros dela), eu gostei demais.
    Ainda não conhecia esse livro e já estou aqui louca para ter e ler também.

    Beijo!
    www.amorpelaspaginas.com

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    1. Olá Ray.
      Obrigada!
      Este livro até nem é dos piores dela, pois a protagonista feminina também não se comporta da melhor forma, tirando isso você vai gostar de certeza deste livro.
      Beijo

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  3. Esses dias eu até fiz uma postagem sobre capas que não tem nada a ver com a história. Não sei o que acontece com essas editoras.

    Eu não curto capa com gente nela, parece que limita nossa imaginação. E muitas vezes parece um trabalho gráfico bem preguiçoso.

    Beijo
    Literatura Estrangeira

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    1. Olá Anne.
      Concordo consigo a 100%. Vou visitar o seu blog e ler a sua postagem, parece muito interessante.
      Beijo

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