Indiana Jones e o Marcador do Destino | Opinião Filmes

poster-Indiana-Jones-e-o-Marcador-do-Destino


Estamos em 1969. Quando julgava ter chegado o momento de aceitar a reforma e se adaptar (mesmo que a custo) a uma vida sossegada, Indiana Jones, o mais famoso arqueólogo da Sétima Arte, vê-se envolvido numa nova aventura. Desta vez tem de enfrentar Jürgen Voller, um inimigo com quem se cruzou 25 anos antes e que agora trabalha num programa espacial da NASA. Voller está decidido a controlar o Marcador do Destino, um artefacto construído por Arquimedes no ano 213 A.C. que, supostamente, tem o poder de localizar fissuras no tempo. O seu objectivo é preciso e muito perigoso: “corrigir” os erros estratégicos de Hitler e, assim, mudar o curso da História a favor dos Nazis. Para frustrar os seus planos e impedir a catástrofe, Indy tem de unir forças com Helena Shaw, a sua destemida e imprevisível afilhada.




Depois de muito se ter falado, pela negativa, deste que parece ser o último filme de Indiana Jones, não estava à espera de um grande filme. Todavia, acabei por concluir que muitas das críticas foram injustas e, na sua maioria, feitas por pessoas que não assistiram aos filmes anteriores pelos olhos de verdadeiros admiradores, pois Indiana Jones é muito mais do que uma série de filmes de ação, é um legado que conquistou milhões fãs em todo o mundo, uma obra que ajudou, não só, a consolidar a carreira de Harrison Ford, como inspirou muitas obras do género.

O professor Indiana Jones acaba de se reformar.

Este filme é o fim de um legado, é o culminar de uma vida de aventuras e acima de tudo a derradeira homenagem a uma lenda: Indiana Jones. Se, por um lado, Harrison Ford queria mostrar um Indiana Jones envelhecido e no final da sua carreira académica para mostrar que apesar de todas as suas aventuras e desventuras ele era um homem como todos nós, muitos criticaram isso mesmo, pois muitas pessoas não queriam aceitar que Indiana Jones era agora um velhinho, na verdade, o envelhecimento, um dos processos mais naturais e inevitáveis da vida não é muito bem aceite no universo cinematográfico (e não só) e, por tal, este filme foi visto como algo que desmereceu o seu protagonista.

Na minha opinião, por aquilo que ela vale, este filme é sim uma merecida homenagem ao personagem e ao ator veterano que a encarna. Claro que este filme não é perfeito, mas ao longo da vida apreendemos a encarrar a ideia de que a perfeição é uma meta muito inglória, principalmente, para o cinema de ação, sempre visto como o parente mais pobre da sétima arte.

Helena Shaw e Jones embarcam numa grande aventura.

Mads Mikkelsen é o vilão Voller.

Depois de muitos anos encontramos um Indiana Jones desmotivado com a sua carreira e com uma vida solitária, mas o aparecimento de Helena Shaw, a afilhada que ele não via à muito tempo, vem agitar a sua vida e fá-lo mergulhar numa nova aventura, relacionada com o seu passado e com um inimigo com o qual já se havia cruzado em tempos, Voller, um brilhante cientista que pertenceu ao exército nazi. Voller pretende por as mãos num objeto chamado Marcador do Destino que foi construído por Arquimedes e que acredita-se ter a capacidade de fazer o seu usuário viajar no tempo. Assim temos o mote para mais uma aventura ao estilo de Indiana Jones: o próprio, nazis, objetos arqueológicos míticos, uma mulher voluntariosa e um vilão decente.

O melhor: Harrioson Ford, como o único e incomparável Indiana Jones.

O menos bom: O fim de um grande legado da sétima arte.

Comentários