Mindfulness - Atenção Plena, Mark Williams e Danny Penman | Opinião Livros

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Capa do livro Mindfulness - Atenção Plena.

Sinopse:
O que vai encontrar neste livro é simples: um programa de oito semanas destinado a romper de uma vez por todas com o ciclo de ansiedade, stress, infelicidade e cansaço que o atormentam. São exercícios breves, testados clinicamente, e com efeito duradouro. Porque a paz e tranquilidade que conquistar agora vão passar a estar sempre presentes na sua vida. O livro baseia-se num programa (MBTC) desenvolvido pelo professor Mark Williams juntamente com investigadores das universidades de Cambridge e Toronto. Originalmente desenhado para combater a depressão, o MBTC revelou-se, em estudos clínicos, pelo menos tão eficaz como os antidepressivos – e sem os respetivos efeitos secundários. Na prática consiste em exercícios diários, de dez a vinte minutos, destinados a aumentar a nossa atenção plena (mindfulness). Ou seja, ajuda-nos a perceber o que estamos a pensar a cada momento e o efeito que esses pensamentos têm no nosso bem estar. A partir daí, conseguimos romper com o passado e acabar com hábitos nocivos. A eficácia do programa é extraordinária. E o que lhe é pedido é apenas que comece, e nessa caminhada será ajudado pelo CD de meditação guiada. Se acha que é complicado, sugerimos apenas que leia a Meditação do Chocolate para perceber até que ponto ser mais feliz exige apenas um bocadinho de atenção plena.

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Opinião:

Mindfulness é uma prática que tem ganho cada vez mais adeptos nos últimos tempos. Uma prática pela qual tenho sentido cada vez mais curiosidade e vontade de experimentar. Mas a principal razão que me fez comprar este livro foi o CD com meditações guiadas que vem com ele, porque isto da teoria é muito bom, mas como é que passamos à prática?

Apesar da minha enorme curiosidade em relação ao CD, eu aguentei até ler o livro para finalmente ouvir o que estava no CD, daí ter demorado imenso tempo com este livro, pois o seu conteúdo apesar de interessante é demasiado teórico e, portanto, um pouco maçudo para ler de uma vez só como costuma acontecer quando estamos a ler um bom romance, então fui intercalando esta leitura com outras obras.

O ponto mais interessante do livro tem a ver com a sua componente prática, devo disser que nunca um livro me compeliu a praticar meditação como este, desde as pequenas tarefas que os seus autores sugeriam, até ao CD com meditações guiadas, este livro foi um achado.

Recomendo este livro a todas as pessoas que querem exprimentar esta prática de meditação e concluir por si mesmas se isto do Mindfulness resulta mesmo. Mas é necessário cumprir à risca o plano de oito semanas que este livro orienta para que consigamos tirar proveito das valiosas intruções que podemos encontrar nesta obra.

Demorei imenso a ler este livro, pelo meio parei para ler outras obras e ainda tive tempo para umas férias que adorei! Mas posso afirmar que este livro vale mesmo a pena.

Não é todos os dias que nos surge uma obra tão motivadora quanto esta, isso é certo.

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Cá em casa até o Odie aderiu à prática do Mindfulness!

O melhor: O CD com meditações guiadas que nos permite passar da teoria à prática.

O menos bom: Este livro requere bastante presistência para que consigamos cumprir o seu plano de oito semanas.

Comentários

  1. É curioso que tenho ouvido essa palavra lá no trabalho em algumas conversas, mas confesso que sou um bocadinho avesso a anglicismos. Somos portugueses, caso seja necessário, deveria-se criar novos neologismos. Virou moda ser-se anti acordo ortográfico mas depois em cada duas palavras usam-se anglicismos, e falar em inglês é que, certamente, não é defender a língua portuguesa.
    O problema do stress e ansiedade, já melhoraria muito se, à semelhança de muitos outros países europeus, trabalhássemos menos horas por dia e tivéssemos mais tempo para nós e para o ócio. Que o digam os suecos que trabalham só seis horas e têm bem mais produtividade que nós. E depois, certamente também melhoraria se as pessoas não entupissem cada vez mais a sua mente com lixo!
    (curioso,começaste o blogue em 2011, mas só em 2017 começaste em força a publicar novas entradas...)

    Multi-resistente
    Bucólico-anónimo
    Plastrão

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    1. Concordo consigo, virou moda usar anglicismos porque, aparentemente, dá um ar de sofisticação e inovação a quem os utiliza. O novo acordo ortográfico, aí está um tema "bicudo"... Eu não sou anti acordo, só que sendo de uma geração que aprendeu a escrever de acordo com as regras do acordo anterior, tenho alguma resistência ao novo acordo...
      Trabalhar menos horas por dia podia ser parte da solução, mas acho que a mentalidade de muitas pessoas teria que mudar, acho que também virou moda sermos negativistas e pessimistas ou, se calhar, o povo sempre foi assim...
      É verdade, em 2011 eu criei este blogue, mas acabei por deixá-lo no esquecimento. Acontece que agora não consigo parar de trabalhar nele, então acho que em 2011 ainda não estava preparada para ele.
      Muito obrigada pelo seu comentário.

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  2. Sim, é isso que eu acho. O acordo é de 1990. E deveria ser aí que as pessoas, nomeadamente os entendidos e não o comum dos mortais que não percebe um cu da sua língua, se deveriam manifestar. Mas não, nunca ninguém disse nada. Há uma nova geração que já só aprendeu a escrever segundo o novo acordo, e então, mais de vinte anos depois, vêm então 99% da população manifestar-se contra um acordo assinado quase trinta anos antes! Não faz qualquer sentido. E por que é que as pessoas se manifestaram contra? Por mera resistência à mudança! Mas o mais grave é existirem figuras relevantes do Estado a assumir que escrevem voluntariamente com erros ortográficos! A língua é um código que todos temos que usar para nos entendermos. Eu posso não concordar com o sinal STOP, mas tenho de o respeitar, porque esse é o código para nos entendermos na estrada! Vamos supor que cada um decidia não cumprir o código da estrada, ia ser lindo!

    Tristes, pessimistas e desconfiados é um bom rótulo dos portugueses! Ah, e pseudo-religiosos também!

    Quando se começa a gostar do que se faz, e isso também é válido para um blogue!, as coisas fluem de outra maneira. Continuação de bom trabalho!

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    1. Tem toda a razão. Eu posso ter uma resistência à mudança enraizada em mim, mas não é por isso que não faço um esforço para seguir as novas regras do acordo ortográfico, às vezes falho mas vou tentando. Acho piada quando vou ler um artigo no jornal e diz o seguinte: "este artigo foi escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico", parece que existem duas línguas escritas em Portugal?

      Eu criei amor por este blogue e foi assim que as coisas começaram a fluir.

      Muito obrigada!

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    2. Todos nós temos resistência à mudança, é normal. Todos nós sentimo-nos muito mais confortáveis com o que conhecemos do que dar um salto no desconhecido. Um exemplo, quando nos mudaram a moeda do Escudo para o Euro (sem nos perguntar, como não perguntaram se deveríamos entrar para a CEE ou sobre o Tratado de Lisboa) toda a gente estava contra (apesar da sorte que tivemos na conversação em que 1=200) mas as pessoas estavam todas contra, não por uma questão de economia para o país, mas pelo simples facto de ir mudar! Se fosse hoje, e dissessem que íamos voltar ao escudo? As pessoas iam ficar contentes por voltar a ter a sua moeda ajustada à sua economia? Não! Porque porque "já estava tão habituado ao Euro e vão agora mudar tudo outra vez"!

      E mesmo nas nossas vidas pessoais. Neste momento, se calhar, eu já deveria andar a procurar emprego para outras paragens, porque a empresa onde estou não vai nada bem. Mas eu gosto de estar lá, criei laços com as pessoas e custa-me assumir para mim mesmo que se calhar terei de lá sair.

      Mas se o ser humano tem muita resistência à mudança (ainda que não seja válido todas as pessoas: há quem emigre, troque de emprego, companheiro(a) como quem muda de roupa!) depois o ser humano é também perito em adaptar-se às mudanças! E basta ver que o ser humano está em todos os cantos do mundo, em todos os climas, e prolifera como um qualquer vírus: instala-se, multiplica-se, esgota os recursos.

      É precisamente isso que penso! Como é que um órgão de comunicação social, ou um qualquer cronista que escreve num jornal, assume que está a infringir, voluntariamente, as novas regras da língua? Não consigo entender! O português tem mudado imenso! Só no século vinte houve pelo menos três acordos ortográficos e nunca tinha havido nenhum drama! E basta pegar num livro dos anos trinta ou quarenta para ver as enormes diferenças. E, quando as pessoas me dizem que a língua não deveria mudar, então, eu respondo que deveríamos todos voltar ao latim! Ou então à língua que se usava na fundação do país em 1143!

      Em relação ao blogue é mesmo isso. Eu compreendo bem. O meu blogue de opinião é pouco lido, também porque não partilho, porque nem sequer estou nas redes sociais. Mas eu escrevo as minhas barbaridades para mim. Tem que me dar gozo a mim. E se gostamos do que vamos fazendo torna-se muitas vezes um vício bom. Se alguém gostar de me ler muito bem, se ninguém gostar muito bem na mesma!

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    3. A resistência à mudança é algo que está enraizado em todos os aspetos da nossa vida. Eu confesso que tenho muito medo da mudança, apesar de julgá-la necessária para a nossa/minha evolução. Eu trabalho à quase uma década numa empresa bastante estável, mas num cargo que não me satisfaz profissional e economicamente, mas é tal como acontece consigo, criei laços com as pessoas com quem trabalho que são mais do que colegas, alguns são meus amigos. Mas também acredito que o ser humano tem uma grande capacidade de adaptação e mais tarde ou mais cedo vou ter que seguir em frente.

      Talvez o meu blogue tenha ganhado força na mesma proporção que o meu trabalho foi perdendo pontos para mim. Aqui sou livre de expressar as minhas opiniões, tal como você faz no seu blogue. Não interessa se todos concordam ou não com o que nós escrevemos, o que interessa é que gostamos do que fazemos e nos sentimos livres!

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