Para Sempre, Judith McNaught | Opinião Livros

Capa-do-livro-Para-Sempre-de-Judith-McNaught
Capa do livro Para Sempre.

Sinopse:
Victoria Seaton cruzou um oceano. Para trás, deixou tudo o que amava. A sua cidade, Nova Iorque. Andrew, o homem dos seus sonhos. E a casa onde nasceu, agora tristemente vazia após a morte súbita dos pais. 
Desamparada, Victoria não tem outra solução que não rumar ao desconhecido. A Inglaterra, um país que que nunca visitou. Aos aristocráticos Fielding, uma família que nunca viu e à qual pertence apenas no papel. A uma herança que não sabia existir. O seu único conforto é a sua irmã Dorothy, a quem protege fingindo ser a mulher corajosa que, intimamente, teme não ser. A alta sociedade britânica rapidamente a põe à prova com as suas regras rígidas, tão diferentes dos modos calorosos e simples do seu país natal. Igualmente impenetráveis são as reacções da família. Quando conhece a avó - a duquesa de Claremont - Victoria não percebe o porquê do seu olhar venenoso e a sua obstinação em acolher apenas Dorothy. As irmãs acabam por ser separadas e Victoria fica à mercê do jovem lorde Jason Fielding, seu primo afastado. Jason é um homem frio, sensual e implacável. Nos salões da moda, é o alvo de todas as atenções, a chama que atrai homens e mulheres, o "felino selvagem entre gatinhos domésticos". Ele permanece um mistério aos olhos de Victoria, que recusa submeter-se às suas ordens ríspidas. Por seu lado, Jason não sabe como reagir ao temperamento explosivo da jovem americana. A relação de ambos é tão excitante quanto impossível. Sobre ela paira - negra e omnipresente - a sombra do passado com os seus mistérios, segredos e crimes…


Opinião:

Para Sempre conta-nos a história de uma personagem maravilhosa que é Victoria Seaton, uma jovem criada na América, no seio de uma família amorosa e que, subitamente, devido à morte prematura dos pais se vê sozinha no mundo com a irmã mais nova, Dorothy.

Sem parentes na América, as jovens são enviadas para Inglaterra onde a família se divide para as receber. Dorothy fica com a avó que se recusa a receber Victoria que é por sua vez recebida pelo primo afastado Charles Fielding que arma um plano para a juntar com o seu sobrinho Jason Fielding que é na verdade o seu filho ilegítimo. Mas vários acontecimentos vão colocar à prova a jovem Victoria que se vê sozinha num mundo completamente diferente daquele que viveu até então. Um  mundo cheiro de regras e de uma hipocrisia a que ela não estava habituada.

A relação entre os protagonistas, Victória e Jason, é como esperado bastante conflituosa, até porque Jason te imensos fantasmas no armário e a sua amargura contra as mulheres é um obstáculo extremamente difícil de ser ultrapassado para a jovem inocente Victoria.

Posso ter gostado deste livro, mas senti-me desconfortável com determinadas situações envolvendo o modo como Jason tratava a Victoria, inclusive uma situação em particular, que não quero indicar para não incorrer nos famosos spoilers, que considero um crime reprovável, mas enfim trata-se de um história de ficção então vou ignorar...

A capa deste livro é lindíssima, figura inclusive no meu Top 7 - As Capas de Livros Mais Bonitas da Minha Estante e essa razão, a par da sinopse, foi um dos principais fatores que me levou a comprar o livro, uma vez que eu já sabia que esta escritora pode escrever muito bem, mas é conhecida por ser polémica no modo bruto como a suas protagonistas são, por vezes, tratadas pelos protagonistas. Este caso não foi exceção, para mim Jason não merecia Victoria, além disso a jovem foi enganada e forçada a ficar com o protagonista quase contra a sua vontade o que não achei nada lisonjeiro.

Concluindo, estamos perante uma bela história de amor com imensos mal entendidos e uma falta de comunicação atroz para com a protagonista de devia ter sido informada acerca de várias coisas antes de embarcar numa relação tumultuosa com um homem de algum modo desequilibrado emocionalmente, devido aos seus imensos traumas do passado, mas no final tudo se resolveu como seria esperado, contudo, um final diferente não me teria ofendido, pelo contrário, esta foi a primeira vez em que eu torci para que a protagonista ficasse com o outro moço, apesar dele estar ausente durante praticamente todo o livro...

A escrita da autora é irrepreensível e facilmente compreendemos porque que razão ela é uma das autoras mais queridas dentro do género de romance histórico a nível mundial, neste sentido a editora está de parabéns por apostar em Judith McNaught. Na minha estante já está outro livro dela, Algo Maravilhoso, espero que a protagonista seja tratada com mais respeito do que a Victoria é tudo o que peço e, caso não o seja, não pretendo ler um livro de Judith McNaught por muito tempo.


O melhor: A escrita envolvente de Judith McNaught.

O menos bom: Algumas das atitudes de Jason para com Victoria beiram a humilhação e grosseria.


Sobre a autora:

Judith McNaught nasceu nos Estados Unidos. Antes de se dedicar inteiramente à escrita, teve uma carreira profissional muito diversificada, tendo sido a primeira mulher a trabalhar como produtora executiva na rádio da CBS. Atualmente, a sua obra é publicada um pouco por todo o mundo e já vendeu mais de 30 milhões de exemplares. Vive em Houston, Estados Unidos.

Comentários