Pecados na Noite, Sherrylin Kenyon | Opinião Livros

Capa do livro.

Sinopse:

No universo dos Predadores da Noite existe um código de honra que até os imortais mais ousados devem seguir: Não magoar humanos. Não beber sangue. Nunca se apaixonar. Mas, de vez em quando, um Predador parece achar-se acima do código. É nessa altura que sou chamado. Quem sou eu? Sou a fúria que terá de enfrentar. Nada me pode tocar. Nada me pode deter. Sou implacável e insensível.
Ou assim pensava eu, até me cruzar com uma Predadora da Noite conhecida como Danger - e não o é apenas no nome, mas na forma como vive a vida. Não confia em mim. E quem sou eu para censurá-la? Apenas ela sabe que estou aqui para julgar, sentenciar e, muito provavelmente, executar os seus amigos.
Danger St. Richard é uma distração fatal. Algo nela conseguiu despertar um coração que eu julgava morto para sempre. Nesta corrida contra o mal, a única esperança da Humanidade é que eu cumpra o meu dever. Mas como poderei fazê-lo se isso significa sacrificar a única mulher que alguma vez amei?

Opinião:

Mais um livro espetacular da saga Predadores da Noite. Desta vez somos apresentados a Danger, uma Predadora da Noite de origem francesa com uma paixão pela vida para lá de contagiante e a Alexion, um ex-predador da noite convertido em Sombra à já nove mil anos. Um Sombra é basicamente uma existência sem alma, sendo que Lex perdeu a sua alma num acto de traição cometido pela mulher que amava.

Lex vive com Asheron e Simi e é, nas palavras do próprio, “um juiz, jurado e executor”. Sempre que há algum tipo de revolta dos Predadores da Noite contra o seu benfeitor (Ash), Lex entra em ação, sendo tão rápido quanto letal. No entanto, a vida de Lex é incrivelmente vazia, de uma falta de sentimentos atroz, mais do que tudo, Lex anseia emoção.

A morte rondava sinistramente pelos corredores daquele submundo que existia num domínio inteiramente fora do alcance da Humanidade. Mas não se limitava a pairar. Residia ali. Era, na verdade, uma forma natural de estar. Como Alexion Katoteros, há muito que se acostumara à sua presença constante. À visão, ao som, ao odor e ao gosto da morte.

Quando surge a mais recente revolta dos Predadores da Noite, manipulada por um inimigo de longa data de Ash, este coloca Lex em casa de Danger, criando o mote para que estes dois possam ficar juntos, desconfio aqui da ignorância de Ash em relação a isso, afinal ele é praticamente um Deus. Acho que ele simplesmente percebeu que os dois eram perfeitos um para o outro.

A química entre Lex e Danger é soberba, aqui a senhora Kenyon nunca dececiona, as suas personagens têm geralmente carisma e fragilidade, uma mistura explosiva e encantadora. O modo como os personagens interagem inicialmente personifica um duelo de vontades e um choque de fortes personalidades. Apesar de receosa e consciente do poder destrutivo de Lex, Danger, tal como ele, sente uma atracção avassaladora. Lex é muito mais do que aparenta e o coração de Danger o reclama para si.

O ponto mais forte deste livro tem a ver com o facto de vermos o amor florescer no meio duma fatalidade prenunciada mas nunca podermos deixar de torcer pelo seu triunfo.

É neste livro que somos primeiramente introduzidos a Xirena, irmã de Simi. Na primeira interação entre ambas percebemos que a partir daqui teremos diversão a dobrar. Xirena pode ser mais madura e mais castigada pela vida que Simi mas não deixa de ser tão divertidamente boba quanto a irmã.

Artigo de opinião da minha autoria publicado originalmente no blogue D'Magia.