Dança com o Diabo, Sherrilyn Kenyon | Zarek e Astrid

 Livro Dança com o Diabo


Zarek é o mais perigoso de todos os Predadores da Noite. Exilado no Alasca durante séculos, desprezado pela deusa que o criou e temido pela sua própria espécie, foi condenado à morte por Ártemis na sua última missão. A sua única hipótese de salvação vem do líder dos Predadores da Noite, Acheron, que convoca a justiça da ninfa Astrid; mas, em toda a história do mundo, Astrid nunca considerou ninguém inocente… Dizem que mesmo o homem mais amaldiçoado pode ser perdoado, mas conseguirá Zarek convencer Astrid de que, por trás de uma besta feroz, se esconde um ser humano que deseja amar e ser amado?



A minha opinião sobre Zarek não era abonatória, sempre que ouvia mencionarem o ex-escravo grego era de um modo depreciativo. A tudo isso veio juntar-se o modo frio e cruel como Zarek tratou Valério no livro A Sedução da Noite,  mas contra todas as expectativas cheguei à conclusão que ele tem um coração tão bom como o coração do Valério, só que consegue disfarçar muito melhor, mas também se formos a ver como foi a sua vida mortal, enquanto escravo grego, e até nos últimos séculos, enquanto Predador da Noite imortal, ele não tinha muitas razões para sorrir e ser simpático com toda a gente, o que é muito difícil até para os privilegiados. 

Zarek precisava desesperadamente de uma estrela na sua vida e Astrid, cujo nome significa estrela em grego, veio cumprir essa função na perfeição. A ninfa da justiça é perfeita para o nosso herói solitário e desprezado, só ela poderia ver para além da alma atormentada deste homem.

Neste livro ficamos também a conhecer mais sobre a relação tóxica entre a deusa Artémis e Acheron e temos Simi em grande dose, o que é um regalo para os fãs da demónio charonte adotada por Acheron.

Passado, na sua maioria, nas paisagens áridas e geladas do Alaska, Dança com o Diabo quase que nos dá uma sensação de claustrofobia, o que nos faz entender um pouco como Zarek tem vido a sua vida nos últimos novecentos anos, preso num lugar inóspito, desprezado pelos próprios colegas e sem ninguém com quem conversar para além de Sundown, o único Predador da Noite que se tornou seu amigo.

A relação de Zarek com Astrid é, por si só, suficiente para alimentar a obra dada a sua riqueza e profundidade, mas como é costume nos livros de Sherrilyn Kenyon, a autora usa a obra para continuar a expandir o universo dos Predadores da Noite e temos direito a uma incursão pelo Olimpo, o panteão dos deuses gregos.

Acheron é a estrela da série, disso não há dúvidas, mas a meu ver as suas ações não são assim tão louváveis na maioria das vezes, por várias vezes o vi prejudicar personagens importantes por más opções que podiam ter sido evitadas. Neste caso não posso avançar com spoilers, mas posso dizer que considero Acheron um dos principais responsáveis pelo sofrimento e isolamento de Zarek durante o seu tempo como Predador da Noite, quando podia ter resolvido as coisas de outro modo.

- Estás mesmo aqui.
Zarek inclinou a cabeça e ofereceu à criatura um sorriso frio e sinistro.
- É o destino, meu. Mais cedo ou mais tarde todos dançamos com o diabo. Esta noite, é a tua vez. (Zarek)

 

- Parece que o diabo acabou de trazer o seu traseiro até ao Alasca para ver a neve. Anda, vagabundo, vamos dançar. (Zarek)


Zarek da Moésia

Zarek nasceu como o filho indesejado de uma escrava grega e de um senador romano. Momentos após o seu nascimento, a sua mãe entregou-o a outra serva para o matar. A serva não foi capaz disso e levou-o para o pai que não tinha mais uso para o bebé que a mãe, assim Zarek acabou como o saco de pancada de uma família romana com tanto de nobre como de cruel.

Ninguém sabe como morreu ou pelo que trocou a sua alma. Ele não confia em ninguém e muito menos interage com os outros Predadores da Noite, sendo que quando o faz, trata-os com rudeza e desdém.

Devido à sua resistência em cumprir ordens, mesmo de Artémis, e à sua falta de consideração por qualquer pessoa, ele é mantido em isolamento no Alasca, onde a sua atividade é seriamente limitada e monitorizada. Pois muitos receiam que ele liberte os seus poderes tanto contra os humanos como contra os Daimon.


Astrid

Astrid havia perdido a fé na natureza humana. Cansada de julgar os seus corações negros, ela não queria ter nada a ver com os humanos. Mas Acheron pediu-lhe um raro favor, que ela não foi capaz de negar…

Comentários

  1. Oi Luciano.
    Sim, estes livros são muito instigantes, até porque a autora não se foca apenas no romance e num determinado tema. Para mim o mais interessante são os temas mitológicos referentes aos deuses antigos. Como amante de história acho tudo isso fascinante.
    Beijo

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