A Filha das Estrelas, Nora Roberts | Análise do Livro

 A Filhas das Estrela, Nora Roberts


Sinopse
A bela e talentosa Emma vive num mundo de luxo e privilégio. Mas está prestes a descobrir que a fama não a pode proteger quando alguém deseja a sua morte.

Salva de uma infância infeliz pelo pai, uma estrela pop em ascensão, a jovem cresce rodeada de amor, imersa no mundo da música, e com uma forte ligação à madrasta e ao irmão mais novo. Mas quando tudo parecia perfeito, dá-se a tragédia: o irmão morre numa tentativa de rapto.

Após anos de dor e culpa, e de ser perseguida pela imprensa, Emma começa a sentir-se capaz de finalmente largar o passado. Determinada e confiante, atreve-se a começar uma carreira e até a apaixonar-se. Mas o homem com quem pretende casar-se não é quem parece. E o que fazer quando os segredos negros que esconde na sua mente são segredos que alguém está disposto a tudo para que não vejam a luz do dia?


Opinião

Adoro a escritora Nora Roberts, já aclamei as suas obras várias vezes no blogue e até lhe dediquei um Especial Aniversário, mas confesso que começo a ficar cansada do registo da autora e, talvez por essa razão, levei muito tempo para concluir a leitura deste livro. Não é que a história seja má, pelo contrário, trata-se de um grande trabalho, onde ela consegue nos levar numa viagem pela história recente da Humanidade, principalmente, da música, desde os anos 60 até aos anos 90.

Todo o livro centra-se à volta da protagonista feminina, Emma, sendo o protagonista masculino, Michael, relegado para um plano demasiado secundário, o que retira muita da magia ao romance, pois tenho uma grande predileção por histórias de amor arrebatadores e bem construídas, aqui tudo acaba por me parecer demasiado instantâneo. Depois, este livro acaba por me lembrar em muito, pelo seu estilo e construção narrativa, uma outra obra da autora que já comentei aqui no blogue (Tudo o que ficou para trás). As semelhanças entre ambas as obras acabaram por me retrair um pouco, uma vez que nem apreciei assim tanto a outra obra, apesar de reconhecer que se tratam de histórias interessantes e muito bem desenvolvidas, talvez até mais do que outras obras da autora, que se calhar acabei por apreciar mais.

A Filha das Estrelas é um livro extenso que se desenvolve em várias fases. Primeiro, Emma tem dois anos e vive com a mãe que a negligencia e maltrata, depois é resgata pelo pai, uma estrela de rock em ascensão, que nem fazia ideia que ela existia. Segue-se um período feliz e tranquilo em que vive com o pai e a esposa deste e que inclui o nascimento do irmão, mas como tudo parecia estar a correr demasiado bem passam-se dois anos, altura em que se dá uma tragédia que marcará a vida de várias pessoas para sempre, principalmente de Emma, o seu irmão é assassinado durante uma tentativa falhada de rapto. A partir daí a vida da protagonista dá uma volta de 180 graus e a família feliz que a acolheu é desfeita. 

Criada num colégio de freiras, a jovem adolescente desenvolve-se até atingir a idade adulta, altura em que tenta reconstruir a sua vida embarcando numa carreira como fotógrafa. Pelo meio Emma tem alguns encontros fugazes com Michael mas nada de profundo ou significativo, até que conhece um homem de sonho com quem tem um casamento relâmpago. Todavia, a vida de casada com que ela sonhava acaba por se revelar um pesadelo, isto tudo ao mesmo tempo em que alguém do seu passado parece estar de olho nela. Os assassinos do seu irmão receiam que Emma recorde o que aconteceu e estão cada vez mais alerta…

Não posso dizer que adorei este livro, mas também não posso dizer que não gostei dele, A Filha das Estelas até pode acabar por se revelar um livro memorável, daqueles que vou lembrar com certo carinho sempre que o recordar, seja pela história poderosa que nos conta, ou pelo modo primoroso como consegue resumir os vários eventos, acontecimentos e ideologias socias, políticas ou outras que acabaram por marcar as épocas que nos retrata.

Termino a leitura deste livro com a certeza de que necessito de fazer uma pausa das obras de Nora Roberts, mas com a certeza, igualmente forte, de que voltarei a ler um livro da autora com o mesmo entusiasmo de antes.

O melhor: o modo brilhante como recria várias épocas da nossa história recente, desde os alucinantes anos 60 até anos 90.

O menos bom: o fraco desenvolvimento relação do casal principal que só começa a interagir com frequência a partir do capítulo 31 e olhem que o livro só tem 45 capítulos.

Comentários

  1. Oi, Sonia. Como vai? Me parece uma leitura agradável de ser realizada, muito embora um tanto previsível. Espero que você aproveite mais as próximas leituras das obras da autora. Muito boa sua resenha. Beijo!



    http://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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    Respostas
    1. Oi Luciano.
      Comigo está tudo bem, espero que consigo também.
      Tenho a certeza que a Nora Roberts vai continuar a ser uma das minhas autoras favoritas, independentemente de me encontrar um pouco saturada das suas histórias.
      Obrigada!
      Beijo

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