Num chuvoso dia de outono, Susan Wright entrou numa clínica, matou duas pessoas a sangue-frio e aguardou que a polícia chegasse. Terá sido um ato de loucura? Uma vingança planeada? Susan não parece interessada em defender-se e recusa falar. O seu silêncio estende-se a Beth Powell, a advogada a quem é atribuído o caso. Beth é uma mulher de sucesso com uma carreira brilhante mas nada a preparara para o momento em que identifica a autora daquele crime tão bárbaro. Quando eram crianças, Beth e Susan juraram ser amigas para sempre. Vinte e nove anos depois, mal se reconhecem. Mas as memórias dos verões felizes das suas infâncias são suficientemente poderosas para as unir de novo. Enquanto as provas contra Susan se acumulam, elas partilham recordações e revelam os segredos que ditaram o rumo das suas vidas.
A amizade entre as duas mulheres torna-se cada vez mais forte mas sobre uma delas pende a implacável mão do destino…
Confesso que arrastei a leitura deste livro durante muito tempo, mas, pensando bem, tal situação não se deveu ao livro propriamente dito, mas à minha falta de tempo/organização, que tem se tornado habitual ultimamente.
Em Nunca Digas Adeus, Lesley Pearse conta-nos uma história sobre o peso do passado no nosso presente, porque mesmo que lutemos contra isso, muitas vezes não conseguimos fugir ao impacto que determinadas situações e escolhas têm no nosso futuro e na maneira como entendemos a nossa vida, mesmo que estejamos conscientes disso. É muito difícil sair desse ciclo vicioso de arrependimentos e sentimentos negativos como a culpa e a frustração.
Susan é uma mulher a quem foi recusada a oportunidade de viver por conta própria e fazer as suas próprias escolhas. Obrigada a cuidar da mãe inválida até à sua morte, ela não tem horário nem descanso, fadada a uma vida de reclusa desde os 16 anos, Susan acaba por se ressentir do pai, do irmão, a quem foi dada total liberdade, e até da própria mãe que se torna cada vez mais exigente e dura em relação à filha e aos seus cuidados.
Após a morte dos progenitores, sendo que após todos os seus sacrifícios o pai deixa os bens ao irmão de Susan, deixando esta desamparada financeiramente depois de uma vida de entrega, esta tem de tomar as suas próprias escolhas, mas será possível deixar o passado para trás? Após o nascimento da filha, esta passa a ser a sua principal prioridade, mas quando o destino lhe prega uma partida cruel com a morte da criança, para Susan a vida torna-se demasiado pesada e sem sentido.
A busca pela vingança contra aqueles que negaram auxílio à sua filha leva-a a cometer um duplo assassinato a sangue frio. Susan estava preparada para as consequências dos seus atos ou ela assim o achava. Todavia, o reencontro com Beth, sua amiga de infância, dá-lhe uma nova esperança na vida. O que se segue é uma jornada sobre superação e resiliência, mas também de amizade e reencontros.
O melhor: o desenvolvimento do passado de Susan.
O menos bom: o arrastar lento da narrativa.
Oi, Sônia! Como vai? Eu li este livro faz um tempinho, mas ao ler sua resenha lembrei dos pontos que você pontuou tão bem em sua análise. Eu curti este livro, embora não tenha entrado pra o meu Hall de livros favoritos. Abraço!
ResponderEliminarOi Luciano! Que bom vê-lo por aqui. Também curti este livro, mas não entrou para o meu Hall de livros favoritos.
EliminarAbraço